Marcelo Castro critica Bolsonaro por apostar só na AstraZeneca
Castro relembrou que o Brasil recebeu a primeira proposta para aquisição de imunizantes da Pfizer ainda em agosto de 2020, mas o Ministério da Saúde teria rejeitado
O senador piauiense Marcelo Castro (MDB) criticou o atraso na vacinação contra a Covid-19 no país, nesta segunda-feira (08). Segundo ele, a vacinação vem sendo feita de maneira lenta por conta de uma “aposta errada” do Ministério da Saúde, que teria optado por uma vacina única.
“Infelizmente, no Brasil, nós fizemos uma aposta errada. O Ministério da Saúde apostou em uma vacina única, da Oxford/AstraZeneca, mas hoje temos várias vacinas funcionando muito bem no mundo. A aposta que está nos salvando é a mesma que São Paulo fez na Coronavac, que tem sido o volume maior de vacinas”, disse.
Castro relembrou que o Brasil recebeu a primeira proposta para aquisição de imunizantes da Pfizer ainda em agosto de 2020, mas o Ministério da Saúde teria rejeitado. Segundo a Pfizer, a entrega das primeiras doses adquiridas à época seria em dezembro.
“Mas isso é passado. Precisamos nos unir em prol de manter as medidas de proteção e esperar a vacinação. Temos que comprar todas as vacinas para imunizar rapidamente a nossa população. Precisamos, urgentemente, vacinar os grupos de risco para reduzir o número de internações e de mortes”, apontou.
Na oportunidade, o parlamentar não poupou elogios ao Programa Nacional de Imunização (PNI), do Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS faz uma coisa que beira a perfeição: o nosso Programa Nacional de Imunização. Todo ano nós vacinamos milhões de brasileiros, em todos os cantos do país. É um exemplo do Brasil para o mundo inteiro”, pontuou.
Sessões virtuais
Na semana passada, após o Brasil bater recordes de mortes diárias por covid-19, o presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco, anunciou que as sessões plenárias na Casa voltarão a ser apenas remotas. A medida foi tomada visando conter o avanço da pandemia.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI) afirmou concordar com a decisão, e reforçou a necessidade de manutenção das medidas de proteção contra o coronavírus. Ele classificou a atual situação do país como “vergonhosa”.
“Estou plenamente de acordo com decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de retomar as sessões virtuais. Estamos vivendo o pior momento da pandemia. É uma situação vergonhosa, porque nós não fizemos o que deveria ter sido feito desde o primeiro dia da pandemia. Só nos resta manter todas as precauções e esperar a vacina”, disse.