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Justiça prorroga prisões de influencers alvos da operação Jogo Sujo II no Piauí

Mesmo na cadeia, alvos não contribuíram com as investigações da Polícia Civil acerca dos crimes cometidos.

A Justiça do Piauí prorrogou a prisão temporária dos oito influenciadores detidos durante a operação Jogo Sujo II, realizada na última quarta-feira (9) em Teresina. A decisão foi proferida pelo juiz da Central de Inquéritos, Valdemir Ferreira Santos, na noite de sábado (12). Com isso, eles permanecerão mais 5 dias na cadeia.  O documento, obtido pela reportagem mostra que o juiz decidiu pela prorrogação das prisões em razão da falta de colaboração por parte dos investigados. 

Estão presos: Brenda Raquel Barbosa Ferreira, Pedro Lopes Lima Neto (Lokinho), Milena Pamela Oliveira Silva, Diogo Macedo Basilio, Letícia Ellen Negreiro de Abreu, Douglas Guimarães Pereira Neves e Marta Evelin Lima de Sousa, a Yrla Lima. O influencer Antônio Robson, conhecido como Robin da Carne, continua foragido. Os policiais Cabo Jairo e o sargento Mota, da PM do Piauí, também foram alvos da ação. Ambos tiveram suas conta derrubadas pela justiça na semana passada.

A decisão também considerou que os alvos continuam “apresentando risco para o sucesso das investigações” e que poderiam voltar com as atividades ilícitas. Os investigados estavam utilizando suas redes sociais, em especial o Instagram, para promover jogos de azar ilegais, como o Jogo do Tigrinho, operados por plataformas clandestinas hospedadas em servidores no exterior, que não estão sujeitas à regulamentação fiscalizatória nacional.

Durante a realização da diligência de busca e apreensão foi encontrado aproximadamente R$ 300 mil em espécie na residência de Brenda Raquel Barbosa Ferreira, reforçando os indícios de sua participação nas atividades criminosas. Em entrevista à imprensa, Brenda debochou da situação e declarou que pretende voltar a praticar os atos ilícitos. 

Para a Polícia Civil, essa postura evidencia o risco concreto de que, caso esteja em liberdade, Brenda Ferreira continue a exercer as mesmas atividades criminosas, o que justifica a necessidade da prorrogação de sua prisão temporária.

Na semana passada, a Justiça do Piauí determinou o sequestro de até R$ 5 milhões das contas bancárias dos influenciadores. Os alvos, segundo a polícia, são investigados pelos crimes de estelionato, jogo de azar, induzir consumidor a erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Ainda na semana passada, Milena Pamela também teve o pedido de liberdade negado pela justiça. Na ocasião, a defesa da empresária alegou que ela apresenta uma gravidez de risco. A empresária movimentou mais de R$ 1 milhão em apenas 2 meses.

Pedro Lopes, mais conhecido como Lokinho, também foi preso. Ele está no centro de uma polêmica após se envolver em um acidente no dia 6 de outubro, na companhia do namorado, que terminou com duas mulheres mortas e uma terceira vítima após briga no local. As investigações também apontaram que o influencer movimentou mais de R$ 1,6 milhão em seis meses.

Fonte: A10+

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