Inelegível, Bolsonaro diz que será candidato à presidência em 2026
Ex-presidente afirma ser único da direita com chances de ganhar disputa à presidência contra Lula (PT).
Mesmo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira (1º), que é o candidato da direita à Presidência da República em 2026.
Questionado sobre quem pretende apoiar nas próximas eleições presidenciais, Bolsonaro argumentou que é o único com chances de sair vitorioso das urnas daqui a dois anos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Falam em vários nomes. Tarcísio, Caiado, Zema…O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”, declarou Bolsonaro.
Em junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos. Na ocasião, a Corte Eleitoral entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, e atacar sem provas o sistema eleitoral.
Ao longo da entrevista, Bolsonaro reiterou que pretende disputar as eleições de 2026, criticou a decisão do TSE que o deixou inelegível por oito anos e disse ser vítima de uma perseguição.
“Eu pretendo disputar 2026. Não tem cabimento a minha inelegibilidade. O processo de abuso de poder político foi por ter me reunido com embaixadores antes do período eleitoral. Não ganhei um voto com isso. São injustiças, uma perseguição”, disse.
O ex-presidente apontou ainda como planeja reverter a decisão do TSE. “O pessoal já sabe [que é uma perseguição], mas preciso massificar isso entre a população. Depois, as alternativas são o parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e o TSE que decida”, explicou Bolsonaro.
“Não sou otimista, sou realista, mas estou preparado para qualquer coisa”, concluiu.
Durante a entrevista, Bolsonaro também comentou sobre a eleição em São Paulo, marcada pela disputa do seu apoio pelo prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). Mesmo descrevendo o ex-coach como “um jovem com um baita futuro”, o ex-mandatário reconheceu que ele começou “arranhando”.
“Fez aquela live às vésperas do segundo turno com o Guilherme Boulos (PSOL). Ali, cometeu um erro, querendo aliviar o lado dele junto ao Boulos por causa da divulgação do laudo falso”, avaliou ele.
Fonte: Portal A10+