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Morre segunda criança que comeu caju envenenado no Piauí

O irmão dele, João Miguel, faleceu em agosto deste ano; vizinha acusada do crime segue presa.

Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, morreu neste domingo (10) no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) vítima de complicações de envenenamento. A informação foi confirmada pela mãe da vítima. A criança estava internada na unidade de saúde há mais de 60 dias. 

O irmão dele, João Miguel, de 7 anos, faleceu em agosto deste ano também em decorrência do envenenamento. As duas crianças, segundo a polícia, comeram cajus envenenados pela vizinha, Lucélia Maria da Conceição Silva, 52 anos. O caso ocorreu em 23 de agosto na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí.

Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil relataram que a mulher tinha conflitos com a vizinhança e que animais mortos, supostamente envenenados, costumavam aparecer nas proximidades da casa da investigada. O envenenamento ocorreu no dia 22 de agosto quando as vítimas comeram frutas doadas pela mulher.

Foto: Reprodução

Em outubro, Ulisses Gabriel apresentou algumas melhoras, embora ainda tivesse uma leve sequela no cérebro que afetava sua mobilidade, conforme relatou sua mãe, Francisca Maria Silva. A família mantinha viva a esperança de que o menino se recuperasse completamente e pudesse voltar para casa.

De acordo com o perito Antônio Nunes, os corpos absorveram as substâncias tóxicas e as crianças teriam sentido salivação, ausência respiratória, taquicardia, tremores, abalos e diarréia. Após a morte de João Miguel, exames constataram a presença de danos pretos no estômago. Além disso, a equipe analisa a hipótese de o material usado no envenenamento ter sido chumbinho, cuja compra e venda é proibida pela legislação brasileira.

Suspeita acusa mãe de ‘inventar histórias’

Em audiência de custódia, Lucélia Maria negou que tenha cometido o crime e acusou a mãe das crianças de ‘inventar a história’ por ter desavenças com ela. No vídeo, a mulher também relatou que o veneno encontrado em sua residência era do irmão que pensou em tentar suicídio, mas acabou não usando e o material ficou na casa. De acordo com Lucélia Maria, o veneno era usado apenas para matar rato e barata. 

“Foi apreendido meu celular, meus documentos e essa coisa (se referindo ao veneno) eu disse logo para eles isso não é pra matar gente, isso foi o meu irmão que quis se matar envenenado e ficou esse veneno lá em casa, mas é para matar rato e barata e o outro é para formiga”, disse a suspeita durante audiência de custódia.

Fonte: Portal A10+

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