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Advogado alvo de operação do Gaeco em Teresina vira réu na Justiça

A denúncia foi recebida, no dia 10 de dezembro do ano passado, pela juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra.

A juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, recebeu denúncia contra o advogado David Pereira de Sá pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido. Ele foi preso durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em outubro do ano passado, ocasião em que foi flagrado com 13 munições de calibre .38 e dois carregadores de pistola em sua residência.

Na decisão em que recebeu a denúncia, no dia 10 de dezembro do ano passado, a juíza determinou a intimação do advogado para apresentar defesa à acusação do Ministério Público.

Em sua denúncia, o promotor Sávio Eduardo Nunes de Carvalho ressaltou que o crime imputado a David Pereira nesse processo não pode ser minimizado, considerando que ele é alvo de outra ação penal, acusado dos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.

“Não é possível se fazer incidir a eventual tese defensiva de inexpressividade da conduta ao presente caso, porquanto apreensão dos artefatos bélicos se deu em um contexto de cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência onde o ora denunciado se encontrava, em razão das suspeitas de prática dos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e outros delitos”, destacou o representante do Ministério Público.

Analisando a ação proposta pelo órgão ministerial, a juíza Júnia Feitosa concluiu que há indícios suficientes de autoria e materialidade. “Verifico presente a justa causa para a deflagração da ação penal, vez que da prova constante dos autos apurou indícios suficientes de autoria e de materialidade do(s) crime(s) narrado(s) na denúncia”, destacou.

Operação Fragmentado

A operação do Gaeco foi deflagrada em 22 de outubro do ano passado, visando desarticular organização criminosa voltada para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, liderada por Vagner da Silva Carvalho.

No dia 14 de novembro, o Ministério Público denunciou Vagner Carvalho, os advogados David Pereira de Sá, Aliomar Maranhão Rego Rocha Silva e Juliana Lino Santos, além de outras 16 pessoas, alvos da operação.

A atuação dos acusados foi dividida em quatro núcleos: tráfico de drogas e associação para o tráfico; lavagem e ocultação de dinheiro; comércio ilegal de armas; e de falsidade documental.

De acordo com o Gaeco, David Pereira intermediava o contato de Vagner Carvalho, que está preso, com os demais integrantes do grupo criminoso. Ele chegou a transportar dinheiro do tráfico por ordem de Vagner, segundo o órgão ministerial.

Fonte: GP1

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