“Maníaco sexual”, diz Baretta sobre suspeito de triplo homicídio em Teresina
Clenilson Sousa foi preso um dia após cometer o crime bárbaro.
“Maníaco sexual”. Assim, o delegado Francisco Costa, o Baretta, classificou Clenilson Sousa Santos, suspeito de matar um casal de idosos e uma menina de apenas sete anos de idade. O caso ocorreu esta semana, na localidade Cajaíba II, zona Rural de Teresina. O laudo cadavérico confirmou que, antes de ser morta, Ana Sofia foi brutalmente violentada sexualmente.
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O coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) destaca que cerca de um mês antes do triplo assassinato, o suspeito tentou estuprar uma mulher na mesma localidade. O esposo da vítima registrou boletim de ocorrência e, insatisfeito, Clenilson Sousa teria ateado fogo na residência do casal.
“O que ele fez com essa criança foi uma atrocidade, uma crueldade! Estuprou a criança viva e depois matou a pauladas. Tudo isso cerca de um mês após tentar estuprar uma mulher. Já tinha passagens pelo Ceará e Maranhão e acredito que, inclusive, possam ter outras vítimas. Além de homicida, é um maníaco sexual”, disse Baretta.
AVÓS FORAM MORTOS AO TENTAR SALVAR NETA
A investigação do DHPP aponta que a criança foi a primeira a ser morta. Logo em seguida, o avô João Francisco de Sousa Lemos e, por último, a avó Maria dos Santos Sousa Lemos. Segundo Baretta, a perícia já confirmou que tinha suor do suspeito na lanterna usada por ele para entrar na casa.
“O avô com certeza ouviu a neta sendo violentada e foi tentar salvar. Matou a criança e partiu para o idoso, praticamente o degolou. Depois tirou a vida da idosa que tentou se defender. No corpo dela foram encontradas lesões de defesa no rosto, boca, ombro e braços”, explica Baretta.
Clenilson Sousa foi preso, um dia após o triplo assassinato, por um policial militar do Maranhão que estava de folga. Ele estaria confessando o caso em uma mesa de bar.
O suspeito conhecia a família. Ele manteve relacionamento com a mãe da criança após os dois se conhecerem em uma casa de reabilitação para dependentes químicos. Ao ser interrogado no DHPP, Clenilson alegou que cometeu o crime porque foi traído.
“Ele ainda chegou a morar com essa família, mas foi expulso da casa porque teria feito um furto na região. Depois foi abrigado em uma casa na frente da deles. Todo esse tempo foi o suficiente pra ele nutrir esse ódio por eles. Temos 10 dias para concluir o inquérito policial. Procuramos robustecer os indícios encontrados na cena do crime em provas, através de exames periciais e, outros elementos de uma investigação criminal qualificada. A magistrada de plantão na central de Audiência de Custódia, foi muito coerente e, uma acertada decisão, ao decretar a prisão preventiva desse indivíduo, pois todos os requisitos e fundamentos da prisão cautelar estavam presentes. Aqui no DHPP, nós investigamos para prender, não prendemos para investigar”, enfatiza Baretta.
Fonte: Cidade Verde