Justiça marca audiência de sargento réu por furto de perfume
Policial, que também é investigado por envolvimento com jogos de azar, foi flagrado por câmera de segurança de uma casa, onde teria furtado o perfume.
O juiz da Vara Militar do Estado do Piauí, Antonio Lopes de Oliveira, marcou para 19 de março desse ano a audiência de instrução e julgamento de Avelar dos Reis Mota, o sargento Mota, a respeito do caso de furto qualificado de um perfume ‘Malbec‘ em Teresina. O militar foi flagrado por uma câmera de segurança.
De acordo com o magistrado, “existem elementos probatórios colhidos no inquérito policial que dão respaldo à peça inicial e, para melhor esclarecimento dos fatos o processo deve prosseguir”.
O juiz determinou que a sessão ocorra de forma híbrida. As vítimas e testemunhas que moram em Teresina deverão participar presencialmente na sede da Vara Militar do Piauí. As demais deverão acompanhar por meio de viodeconferência.
O caso
Em outubro do ano passado, o nome do oficial esteve no centro do escândalo: o furto de um perfume “Malbec”. O caso ocorreu em fevereiro de 2023.
A dona da casa relatou à polícia que o sargento Mota teria adentrado a sua residência, no dia 15 de fevereiro de 2023, usando uma chave falsa, oportunidade em que subtraiu o perfume “Malbec”, da marca O Boticário. Em 28 de julho do mesmo ano, ela afirmou que um policial teria retornado, em uma viatura, para destruir a câmera de segurança do imóvel efetuando um disparo de arma de fogo no equipamento.
A reportagem obteve acesso a um vídeo que mostra o exato momento da situação relatada na denúncia: O membro do MP afirmou que o policial cometeu crime de furto qualificado com emprego de chave falsa, que pode acarretar pena de três a dez anos de reclusão. Outro policial teria sido citado, mas segundo o promotor, “não ficou demonstrada a unidade de desígnios para a prática do crime, tendo o militar, enquanto motorista da guarnição, dirigido até a localidade por ordem do seu comandante imediato”.
Em nota encaminhada ao portal, a Polícia Militar informou à época que não chegou nenhuma comunicação oficial do MP-PI sobre a denúncia. Porém, o comando geral da PM destacou que através da Corregedoria, que iria solicitar informações para posteriormente adotar as providências pertinentes de acordo com o caso. Atualmente, segundo apurou a reportagem, Mota está sim entre os afastados das funções militares.
Envolvimento com o ‘Jogo do Tigrinho’
O militar chegou a ser detido no dia 9 de outubro de 2024 durante a segunda fase da Operação Jogo Sujo II que mirou influencers que divulgavam jogos de azar ilegais nas redes sociais.
Ele destacou que colaborou com as investigações da Polícia Civil e que as equipes policiais levaram apenas o “celular, notebook e colar de ouro” dele.
O sargento Mota compartilhava, diariamente, sua rotina e ações para mais de 257 mil seguidores apenas no Instagram, mas teve sua conta suspensa pela Justiça diante das investigações.
“Através de meus advogados, estamos acompanhando o caso de pertinho aí, não houve esse reboliço que o Mota está preso, que prenderam o Mota, é mentira, não tem nada de prisão… é mandado de busca e apreensão onde foi levado o celular, notebook e o colar de ouro. Esse colar eu tenho desde 2020, tudo meu é na nota fiscal. Todos os que eu compro é na nota fiscal. Minhas prestações de conta, imposto de renda, qualquer objeto meu que eu compro é com nota fiscal”, disse.
Fonte: Portal A10+