Audiência de latrocínio de pastor é adiada; coautor segue foragido
A audiência de instrução e julgamento sobre o latrocínio do pastor e empresário Antônio Francisco do Santos Sousa, 50 anos, foi adiada para 14 de março. Inicialmente marcada para esta quinta-feira (27), o juiz Antônio Oliveira, Vara de Delitos de Roubo de Teresina, redesignou para nova data devido a não localização do coautor Ludvig Van Beethoven, que segue foragido, e ausência de defensor público para a ré Kalina Sampaio Rodrigues, que está presa. O caso envolveu prostíbulos, garotas de programas e até pai de santo.
O empresário foi encontrado morto em abril de 2024, em uma fazenda na Cacimba Velha, na zona Rural em Teresina. A vítima estava sem roupas, apresentava marcas de cerca de 18 perfurações pelo corpo e pescoço degolado. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa concluiu o inquérito em junho do mesmo ano e sete pessoas viraram réus.
O juiz ressaltou que o adiamento não configura excesso de prazo para relaxamento das prisões preventivas. Todos os réus presos permanecem custodiados. A decisão destacou a complexidade do processo, que envolve múltiplos acusados e a necessidade de garantir amplo direito à defesa.
Relembre o caso
A investigação apontou que o empresário saiu desacordado de um prostíbulo e foi levado para um terreno, onde foi morto. Ele teria sido assassinado por dinheiro. A Polícia Civil constatou que houve a transferência de R$ 90 mil da conta da vítima para os suspeitos.
Foram indiciados:
- Kalina Sampaio, sócia do prostíbulo;
- Maria Pereira, sócia do prostíbulo;
- Kawana Soares, garota de programa;
- Ana Clara Costa, garota de programa;
- Ludvig Van Beethoven (conhecido como Cachorro), namorado de Ana Clara;
- Jandeilson Rocha, namora um das garotas de programa do prostíbulo;
- Anderson Luiz, pai de santo.
Segundo a investigação, uma testemunha que estava no prostíbulo de propriedade de Kalina e Maria, afirmou que viu a vítima entrando em um quarto com duas garotas de programa, e que elas sempre ficavam saindo do quarto para pegar bebidas. Ela alega que as mulheres colocaram alguma substância nas bebidas para o empresário dormir.
Ela revelou ainda que dois homens, identificados como Beethoven e Jandeilson, junto com a proprietária Kalina, saíram do quarto com a vítima desacordada, e que o colocaram no carro, e saíram do local.
Segundo a testemunha, Kalina e Ana Clara tinham o costume de colocar o cliente para dormir e fazer transferência de dinheiro. Após o crime, os envolvidos receberam dinheiro que foi transferido da conta da vítima. Logo depois o empresário foi encontrado morto.
Durante a investigação, o pai de santo Anderson Luiz, afirmou que Maria Pereira entrou em contato com ele, por telefone, declarando que tinha acontecido algo muito sério. Segundo ele, a mulher informou que Kalina viu que o empresário tinha muito dinheiro, e transferiu R$ 90 mil, e que ele tinha sido assassinado. Ele negou ter qualquer envolvimento no crime, e que não contou sobre a morte por conta da religião dele.
Fonte: Cidade Verde