Vereadora presa pela PF diz que gastou menos de R$ 50 mil na campanha eleitoral
A parlamentar foi a principal financiadora da própria campanha, contribuindo com pouco mais de R$ 12 mil

Ao registrar sua candidatura para a Câmara Municipal de Teresina, Tatiana Medeiros (PSB) não declarou bens à Justiça Eleitoral. Durante a campanha, informou ter arrecadado R$ 38.881,00, com a maior parte dos recursos provenientes de doações de pessoas físicas. A parlamentar foi a principal financiadora da própria campanha, contribuindo com pouco mais de R$ 12 mil.
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PRISÃO E AFASTAMENTO
A vereadora foi presa na manhã desta quinta-feira (3) durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, conduzida pela Polícia Federal. A detenção ocorreu em um condomínio na Zona Leste de Teresina. Além disso, a Justiça Eleitoral determinou seu afastamento imediato da Câmara Municipal da capital.
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SUSPEITAS DE FINANCIAMENTO ILÍCITO
De acordo com a PF, há indícios de que a campanha de Tatiana tenha sido financiada por recursos ilegais, oriundos de facção criminosa e de desvio de verba pública destinada a uma instituição não governamental. A investigação teve início após a apuração dos resultados das eleições de 2024 e identificou vínculos entre a vereadora e um grupo criminoso com forte presença no Piauí.
POSIÇÃO DO PARTIDO
A defesa de Tatiana ainda não se pronunciou sobre o caso. O diretório municipal do PSB afirmou que aguardará acesso ao inquérito policial para tomar medidas cabíveis.
HISTÓRICO POLÍTICO E AFASTAMENTO DO PSB
Tatiana Medeiros foi eleita em outubro de 2024 com 2.925 votos, conquistando seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Teresina. Entretanto, em março de 2025, foi afastada da função de secretária-geral do PSB pelo então presidente municipal da sigla e atual secretário de Planejamento do Piauí, Washington Bonfim, que justificou a decisão com base nas investigações da Polícia Federal.
PRÓXIMOS PASSOS
A audiência de custódia da vereadora está agendada para a manhã de sexta-feira (4) na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), onde serão analisadas as circunstâncias da prisão e possível manutenção da detenção preventiva.