Postos de combustíveis são investigados por fraude na bomba em Teresina
Os estabelecimentos são suspeitos de praticarem a “bomba baixa”.

Mais de 15 postos de combustíveis, em Teresina (PI), foram alvos de uma operação deflagrada nesta sexta-feira (4), pelo Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (IMEPI).
Os estabelecimentos são suspeitos de praticarem a “bomba baixa”, que é quando o consumidor paga por um certo valor, mas tem o veículo abastecido com um volume de combustível menor do que foi pago.
Na fiscalização, os fiscais do IMEPI detectaram um chip que adulterava a placa que libera combustível para a bomba. Com isso, o cliente recebe menos litros do que o informado nos dígitos do painel.
Outras irregularidades também como lacres rompidos, medida baixa irregular, fios desencapados e com risco de curto-circuito, problemas de conexão interna foram encontradas.
O diretor do Imepi Junior Macedo contou que os postos só poderão ser autuados e interditados após uma perícia do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
“Hoje nós estivemos em várias redes de postos de gasolina. Foram mais de 15 postos fiscalizados, vários bicos foram interditados por conta da quantidade de combustível incorreta, abastecida no carro do consumidor. Vai ser feita a perícia do Inmetro e, após isso, eles podem ser interditados”, relatou.
Conforme o Chefe de Fiscalização do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/MPPI), Arimatea Arêa Leão, alguns postos são reincidentes e, nesses casos, a multa é mais grave.
“Esses postos foram autuados, terão 15 dias para fazer a defesa, mas a multa vai de R$ 600 a R$ 10 milhões. Além da aplicação de multa, esses postos serão enviados para Promotoria Criminal, em seguida será aberto o inquérito. Nos casos, reincidentes, a punição é mais grave”, pontuou.
O Superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública, Matheus Zanatta, participou da operação e reforçou que os consumidores que perceberem algo errado devem denunciar.
“Alguns posto tem indício de fraude eletrônica, caso isso seja constatado, os donos dos postos podem ser autuados pela adulteração de bomba de combustível. Esse é um crime contra o consumidor, com pena de até 5 anos. Vamos esperar o laudo, caso se confirme, vamos começar as investigações. O consumidor que se sentir lesado, deve registrar o boletim de ocorrência”, explicou.
A operação Petróleo na Medida Certa foi deflagrada em conjunto com as Polícias Civil e Militar, o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/MPPI), e militares da Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI).
Fonte: Clube News