Em depoimento ao delegado Luís Guilherme, que preside o inquérito que apura o assassinato dos adolescentes Anael Natal e Luian, os suspeitos João Paulo e Guilherme, que são primos, informaram terem jogado a arma utilizada no crime em um dos rios de Teresina. Entretanto, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, os policiais civis do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) encontraram munições e dois carregadores de pistola 9mm.
A informação da arma foi levada ao ar durante o programa Ronda Nacional, da TV Meio Norte, pelo jornalista Matheus Oliveira na tarde desta terça-feira (08/02), após a prisão de João Paulo, Guilherme e Francisco, suspeitos de matar Anael Natan e Luian.
Em entrevista à imprensa, o advogado de defesa da família comentou que Francisco não teve participação no duplo homicídio. Ele também garantiu que apenas uma arma foi utilizada para cometer o delito.
“Tudo se dá entre João Paulo e Guilherme, a história é essa. Ele [suspeito] vai dizer onde foi, se jogou fora, onde é que foi. Não tem armas, tem uma arma [que foi utilizada no crime]. Ele [suspeito] vai declinar para onde é que foi essa arma, se jogou fora, se está escondida, de certo que houve a busca e apreensão e o que tinha para ser arrecadado foi arrecadado”, disse.
A INVESTIGAÇÃO
Até o momento é possível afirmar, com base nas declarações dadas pelo delegado Francisco Costa Barêtta que Anael e Luian foram a uma festa que acontecia ao lado do sítio de Francisco. Aparentemente, eles não possuíam dinheiro para pagar a entrada do evento. Tentaram entrar no local pela casa de Francisco, nisso, foram surpreendidos por Francisco e o filho Guilherme e imobilizados. Eles pediram ajuda de João Paulo, que foi até o local e juntamente com o primo Guilherme colocaram os dois jovens em uma caminhonete e os levaram até um matagal no povoado Anajás, zona Rural Leste de Teresina.
Lá no lugarejo é que os rapazes foram executados. Ainda segundo o titular do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Barêtta, Anael e Luian foram colocados de joelhos e alvejados com disparos na nuca, pelas costas, com a arma muito próxima, quase encostada nas vítimas.
Para a Polícia Civil do Piauí, o crime está 90% elucidado, faltando apenas concluir como cada um dos três acusados agiu no processo, quem puxou o gatilho, quem sumiu com a arma, entre outros pontos.