Falta de insumos prejudica diagnóstico de dengue no Piauí
Em nota, a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) informou que o problema com a falta de insumos é um problema de abastecimento nacional, e que por conta disso, as unidades de saúde devem priorizar casos graves, em grávidas e óbitos.
A falta de insumos para a realização de exames está prejudicando o tratamento de casos de dengue no Piauí. Segundo os especialistas, a ausência do diagnóstico precoce pode atrapalhar o enfrentamento da doença. Até a manhã desta sexta-feira (13), Teresina registrou quatro mortes por dengue, no estado o total de óbitos foi cinco, até o momento.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) informou que a falta de insumos é um problema de abastecimento nacional, e que por conta disso, as unidades de saúde devem priorizar casos graves, em grávidas e óbitos. (Leia a nota completa no final desta reportagem)
O professor Sthenio Sousa começou a apresentar dores pelo corpo e ao procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), recebeu de diagnóstico um provável caso de dengue, sem a realização de exame.
“A médica fez um questionário comigo, onde eu relatei todos os sintomas, ela perguntou se eu tinha algum sintoma gripal e eu respondi que não, e ali, através daquele questionário, daquela conversa, ela me diagnosticou com dengue e me encaminhou para tomar a medicação para alivio dos sintomas”, contou.
“Confesso que na hora não pensei em solicitar o exame para ter a certeza quer era dengue, porque você está com tanta dor, com tantas dificuldades, que você só pensa em resolver o problema em ser medicado”, completou o professor.
O infectologista Kelson Veras contou que o diagnóstico precoce ajuda os profissionais a tomarem decisões mais específicas para o tratamento de um paciente.
“O diagnóstico ideal é nos primeiros dias, para se tomar medidas mais específicas, porque com sete dias de dengue ou você já está praticamente curado ou então você está em uma forma grave, e aí nós não vamos ter tanto benefício de saber nesse momento tardio se era dengue ou se não era dengue”, explicou.
Nota da Sesapi
A Secretária de Estado da Saúde informa que devido a problemas de abastecimento no mercado nacional de insumos, a recomendação do ministério da saúde para a realização do diagnóstico laboratorial de arboviroses (dengue, Zika e chikungunya) seria definir os casos de testagem, priorizando casos graves, gestantes e óbitos.
Dessa forma, Sesapi e Lacen estabeleceram uma rotina de vigilância avaliando o sistema de informação para selecionar outras amostras para testagem além das prioridades, por exemplo casos internados com situações leves, municípios silenciosos em relação as notificações e municípios em situação de risco.
A Secretaria de Estado da Saúde esclarece ainda que está junto ao Lacen trabalhando para viabilizar a aquisição de insumos para garantir que os trabalhos do laboratório que vem sido de suma importância para a saúde do estado possam continuar.
Fonte: g1piauí