Vinte e quatro dias após o desaparecimento do estudante de Direito, Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, o caso ainda segue como um mistério. Para a polícia, as investigações não apontam crime até o momento. Lucas, segundo relatou a namorada dele, Gabriela Vasconcellos, à polícia, retornava de uma festa na madrugada do dia 24 de abril, quando resolveu parar o carro e pular da ponte Juscelino Kubitschek para o rio Poti. Desde então, o Corpo de Bombeiros realiza buscas em um raio de mais de 100km.
“Estamos com a figura de um desaparecimento civil, até agora não descambando para crime, mas a investigação está andando”, disse o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegado Francisco Baretta.
A família do estudante, que está em Teresina acompanhando o caso, chegou a cogitar que um corpo encontrado carbonizado no rodoanel da capital poderia ser de Lucas.
“Um caso não tem nada a ver com o outro. Não tem nenhuma ligação aparente. Contudo, a doutora Fernanda requisitou, bem como delegado que estava de plantão, Doutor Bruno, que fosse colhido material genético e que fosse feito o confronto no Instituto de DNA forense nosso, com os familiares, para que seja esclarecido qualquer dúvida”, explicou Baretta.
O coordenador garante que as investigações estão avançadas e que a polícia não está “algemada” diante da falta de elementos sobre o caso, como o monitoramento por câmeras da ponte.
“É evidente que a investigação está bem adiantada. A delegada tomou algumas providências e está demorando porque tem que se escorar na legalidade. Infelizmente a nossa ponte não tem sequer um monitoramento, mas isso não faz com que a Polícia Civil fique algemada para chegar a verdadeira circunstância de que realmente aconteceu ou não o fato narrado pela moça. Ou que seja um desaparecimento civil, ou seja um desaparecimento criminoso, evidentemente que a Polícia Civil, através do DHPP, vai dar essa resposta”, destaca Baretta.
A família do estudante não acredita em suicídio e chegou a contestar uma transferência de R$ 3,5 mil da conta do estudante para a conta de Gabriella, horas após o desaparecimento.
Em nota de esclarecimento, o advogado Whyttal Veras, que representa Gabriela Vasconcelos, afirmou que a jovem está sendo alvo de um julgamento social injusto e que ela não é suspeita de qualquer delito.
Destacou ainda que foi Gabriela que emprestou para Lucas um cartão de crédito, pois ele não tinha um emprego fixo. Disse que quando ocorreu a transferência, o celular de Lucas já estava com a mãe.