Notícias

Invasores entram em confronto com a PM na zona Leste de Teresina

Segundo a Polícia Militar, as famílias foram informadas previamente sobre a desocupação do Loteamento Uruguai, na Zona Leste da capital

Moradores do Loteamento Uruguai, Zona Leste de Teresina, iniciaram um protesto na manhã desta terça-feira (24) contra a reintegração de posse do local. Eles queimaram pneus e fecharam a principal avenida.

Segundo os moradores, eles estão no loteamento desde setembro de 2021 e durante este tempo, a prefeitura tentou derrubar as casas outras vezes. A maioria dos ocupantes é idoso, criança e pessoas desempregadas.

O presidente da associação de moradores, Leonardo Bezerra, contou que a Polícia Militar chegou por volta das 5h com a ordem de despejo. Em protesto, os moradores montaram uma barricada e informaram que vão resistir a decisão judicial.

Foto: Reprodução

“A gente está aqui reivindicando nosso pedacinho de terra, porque essa terra está 28 anos abandonada. A prefeitura diz que tem projeto, mas não fez nada, então resolvemos ocupar essa área e constituir moradia para o povo”, declarou Leonardo Bezerrra.

A Polícia Militar foi acionada para garantir o cumprimento da ordem judicial, deferida na semana passada pela 5ª Vara Cível de Teresina. Segundo o major Jamson, da Tropa de Choque, 76 famílias foram informadas previamente sobre a desocupação.

“Nós estamos aqui há mais de uma semana, já fizemos contato com algumas lideranças, houve uma preocupação prévia do comandante geral em solicitar inclusive a presença de alguns órgãos, como Conselho Tutelar e o Ministério Público. A Polícia Militar está aqui para manter a ordem, cumprir a ordem judicial e garantir a segurança em ambas as partes”, declarou o major.

Foto: Reprodução

O secretário executivo Eduardo Aguiar, da Secretaria de Políticas de Assistência Social e de Cidadania, informou que os moradores serão encaminhados para casa de outros familiares. Ele garantiu que a Semcaspi vai assegurar que elas possam ser atendidas nos CRAS.

“Vamos garantir que essas famílias sejam registradas no Cadastro Único, recebam o Auxílio Brasil e os benefícios eventuais que são ofertados pelo município. Queremos também tentar essa articulação com as lideranças para que a gente possa minimizar essa situação de vulnerabilidade que essas essas famílias vivenciam o dia de hoje”, disse.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo