Semar realiza visita técnica ao trecho da BR-402 em Parnaíba
Foi constatado que há trincas na ponte, que tem extensão de 5 metros, duas saídas de água pelas laterais da pista, além de uma deformação no asfalto.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) realizou, nesta quarta-feira (01), uma nova visita técnica ao trecho da BR-402, em Parnaíba, no litoral do Piauí, e recomendou que a via continue interditada devido ao risco de acidentes e até mesmo de ruptura da pista. O trecho está submerso desde o dia 13 de maio, após a Lagoa do Portinho transbordar e invadir a rodovia federal.
Segundo o engenheiro civil e consultor da Semar, Luciano Pessoa, foi constatado que há trincas na ponte, que tem extensão de 5 metros, duas saídas de água pelas laterais da pista, além de uma deformação no asfalto.
“Verificamos a presença de trincas. As trincas iniciam nas ombreiras e acompanham por toda largura da ponte. Além deste ponto, foi observada uma deformação, chamada “panela”, no pavimento asfáltico, que está aberta no momento e que, quando há movimento de cargas excessivas, como de carretas e caminhões, apresenta vibração nociva ao pavimento”, afirma o engenheiro civil.
Durante a visita, os técnicos também averiguaram que a obstrução da pista havia sido retirada. Por isso, a Semar recomenda que a via seja mantida isolada, até que o problema seja sanado de fato, para evitar quaisquer acidentes, tanto por desconhecimento da via, que se encontra submersa, quanto por possível ruptura.
“Deve ser feita ainda análise do solo e possibilidade de aumentar a cota da via, com sangrias através de bueiros com diâmetro mínimo de 80 centímetros. Deve ser observado, também, a presença da rede elétrica, que em contato com a água pode ocorrer o risco de descargas elétricas, ponto de alerta, principalmente aos ribeirinhos, que pescam na região”, frisa engenheiro civil, consultor da Semar, Luciano Pessoa.
Estiveram presentes na visita técnica, além do engenheiro civil, a auditora Fiscal Ambiental da Semar, Tânia Nolêto, e o técnico do Centro de Geotecnologia Fundiária e Ambiental do Estado do Piauí (CGEO), Marco Aurélio Lira. “O acesso permanece obstruído, embora o nível da água tenha caído bastante, em parte pelo fato de não ter chovido esses últimos dias. Estamos fazendo os cálculos para ver qual a distância na pista”, encerra a Auditora Fiscal Ambiental da Semar, Tânia Nolêto.
Fonte: odiateresina