O Piauí registrou aumento na taxa de positividade dos testes de covid-19 pela segunda semana consecutiva. A informação foi confirmada pelo Comitê de Operações Emergenciais (COE) contra Covid e a partir de dados obtidos junto ao Laboratório Central do Piauí, o Lacen. O atual percentual de positividades da covid-19 é de 1,68% no Estado.
Mesmo este patamar se mantendo inferior aos 5% considerados pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças Norte-Americano como indicativo de controle da pandemia, para a realidade local ele gera um alerta. “Associado às informações de aumento de casos em outras cidades do país, esse aumento aqui representa um alerta para acompanhamento epidemiológico mais frequente, considerando as particularidades de todos os territórios de saúde”, pontua o professor Emídio Matos, membro do COE.
Esse dado gera ainda mais preocupação pelo fato de que o Piauí vinha de uma série de estabilidade em zero no número de casos. O Estado estava há três semanas com taxa de positividade próxima a zero, segundo os dados do COE, e já fazia 12 dias que se registrava nenhum óbito por covid-19 no território piauiense. De acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), são 368.102 casos confirmados de coronavírus no Piauí desde o começo da pandemia e 7.747 óbitos.
Vale lembrar que na semana passada, a Fundação Municipal de Saúde de Teresina e membros do COE Municipal se reuniram para discutir a recomendação do uso de máscara em locais fechados na capital. Os especialistas decidiram manter liberado e facultativo o uso do EPI.
A nível de Brasil, a média móvel no país chegou a 31 mil casos diários. No final de abril, essa média era de 12 mil. Ou seja, a média móvel de casos de covid em território nacional mais que dobrou nas últimas semanas e já há especialistas falando em uma possível quarta onda. Segundo a Fiocruz, as internações por Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG) possivelmente associadas à covid respondem pela maioria das internações em hospitais brasileiros (59,6%).
O professor Emídio Matos lembra que afrouxar as medidas sanitárias contra o coronavírus não significa que proteção deva ser deixada de lado “Usar máscara, continuar usando álcool em gel e manter o distanciamento sempre que possível. E principalmente: a vacina. A gente precisa que nossa população se vacine com as doses de reforço e esteja com o esquema atualizado para garantir que haja uma barreira de contenção maior”, finaliza.
Fonte: odiateresina