O apresentador e humorista da Globo, Paulo Vieira, chegou em Monsenhor Gil, a 59 km de Teresina, no sexto episódio do programa “Avisa Lá Que Eu Vou”.
No programa, que foi ao ar no domingo (5), os moradores da cidade revelaram as aventuras e as lendas locais que surpreenderam Paulo Vieira e que encantam os turistas que visitam a cidade.
O apresentador até subiu uma escadaria de 315 degraus em um dos pontos turísticos mais conhecidos de Monsenhor Gil para ouvir a história de uma dessas lendas.
Já no alto da escadaria, Paulo encontrou a professora Simone para conhecer uma das lendas da cidade: “a mulher da estrada“. A lenda conta que uma mulher loira costuma assustar os moradores em estradas de terra.
E, segundo Simone, um rapaz que repassou a história a ela disse que, certa vez, uma moça o pediu uma carona quando passava de carro por uma estrada vicinal durante a noite na cidade. Mas, em certo ponto do percurso, uma voz estranha disse “pare aqui que eu quero descer”.
No relato, o rapaz confessou à Simone que a passageira ao aguardar a carona na estrada usava roupas maltrapilhas; porém, ao entrar no carro, a mulher ficou “bonita e sedutora”.
Quem também recebeu o humorista foi o professor Jorginho, que falou sobre o Morro do Cruzeiro e o Morro do Pico. Jorginho é professor de Educação Física, História, Geografia e Física. Ele aproveita o espaço natural para as aulas práticas da turma.
Terra de Cemitério
Ao conversar com o morador Miro Silva, Paulo aproveitou para apreciar uma boa cajuína e beliscar umas castanhas de caju. Durante o bate-papo, Miro disse que viveu uma infância carente de recursos financeiros, chegando a comer até mesmo barro. Ele conta que riqueza era comer um peixe, como a traíra, que encontrada em “locas” de riacho – uma espécie de caverna aquática.
“Problema é que a traíra tem dentes afiados e ela é danada pra comer a gente”, comenta Miro. “Inclusive, é por isso que ela é chamada de Traíra, porque morde”, explica Paulo Vieira ao acompanhar a história de Miro.
Ao longo da vida, Miro também participou de grêmio estudantil e fez vários concursos de beleza na capital piauiense. “Eu elegia miss bumbum, miss gorda, miss baixa, miss alta. Tudo que dava um dinheiro eu fazia um concurso”, conta Miro Silva.
Paulo questiona: “então, a mesma pessoa que fazia os concursos em Teresina era quem fazia as greves nas escolas daqui?”. Ao responder, Miro aproveitou para contar de certa vez que alguns estudantes se juntaram para retirar uma pessoa da direção de escola. De acordo com ele, o grupo ficou sabendo que uma das formas de fazer isso seria pegando terra de cemitério da sepultura da pessoa que foi muito ruim em vida e jogar no telhado da diretoria.
Miro lembra que os alunos se reuniram no cemitério para colher a terra e jogar sobre a diretoria da escola. E, segundo ele, depois desse dia, o diretor não apareceu na escola. Segundo o professor, o “feitiço” deu certo. Paulo solta muitas risadas com a história e conta que “o movimento estudantil do Piauí é legal pra caramba! Não tem conversinha. ‘Ah vamo fazer um ata’; não não não, vamo pegar a terra do cemitério”.
Para finalizar a conversa com Miro Silva, Paulo pergunta se precisa dizer algo enquanto joga a terra e o morador de Monsenhor GIl afirma “vai-te diabo!”.
Fonte: clubenews.com