Piauí investiga 1° caso suspeito da varíola do macaco
A informação foi confirmada nesta quinta-feira (23) pelo Governo Estadual.
O Piauí investiga um caso suspeito da doença monkeypox, conhecida como “varíola do macaco”. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (23) pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). Até agora, existem nove casos do vírus monkeypox confirmados no país, segundo o Ministério da Saúde.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), “a paciente teve contato com pessoas que residem em outro estado e desenvolveu alguns sintomas da doença, que envolvem febre, bolhas, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga”.
Contaminação
A Sesapi explica que a “varíola do macaco” é uma doença viral. A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou de objetos recentemente contaminados. A contaminação também é possível por meio de grandes gotículas respiratórias.
“O período de incubação (data de contato com o vírus até o início dos sintomas) é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
A Sesapi acrescenta que o diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. “O teste deve ser realizado em todos os pacientes que forem enquadrados na definição de caso suspeito. As amostras são direcionadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen)”.
Prevenção
Coordenadora do Cievs, Amélia Costa explica que “as principais medidas de controle da doença são: o isolamento dos doentes, rastreamento e monitoramento dos contatos íntimos e familiares do paciente e a utilização de equipamentos de proteção individual pelos doentes e por parte dos profissionais de saúde ou cuidadores dos casos”.
“O Piauí já tem um plano de contingência para identificação, rastreio e atendimento aos casos. Em casos de internação, a retaguarda para pacientes de alta complexidade (com presença de disfunção orgânica) será o Instituto Natan Portela”.
O médico infectologista, José Noronha, esclarece que, apesar da varíola do macaco apresentar erupção semelhante ao da varíola tradicional, a transmissão de pessoa a pessoa é consideravelmente menor, assim como a mortalidade.
“A maioria dos pacientes tem doença leve e se recupera sem intervenção médica, outros que têm fatores de risco para desidratação ( náuseas, vômitos, disfagia) podem necessitar de uma curta internação hospitalar para hidratação intravenosa; já para o paciente gravemente doente, os cuidados de suporte são necessários até que o paciente se recupere da infecção”, destaca.
Fonte: clubenews.com