Política

Rejeição a Bolsonaro cai de 66% para 59% no 1º semestre

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6/7) mostra que, no mesmo período, Lula manteve seu patamar de rejeição próximo dos 41%

Pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, divulgada nesta quarta-feira (6/7), mostra que a rejeição do presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu de 66% para 59% no primeiro semestre deste ano.

No mesmo período, de janeiro a julho deste ano, a rejeição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou de 43% para 41%.

Segundo Felipe Nunes, diretor do instituto de pesquisa, a variação pró-Bolsonaro mais significativa se deu no Nordeste, onde, embora a distância permaneça favorável a Lula, a diferença entre eles diminuiu 16 pontos.

Também foi observada uma redução da distância entre Lula e Bolsonaro no Sudeste, o que, na avaliação de Nunes, sugere um movimento forte em favor do presidente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

“O que pode explicar essa variação pró-Bolsonaro? Minha hipótese é que Bolsonaro conseguiu passar a impressão de que está tentando resolver os problemas do povo”, explicou o diretor do instituto.

Ele cita como exemplo a queda no percentual de eleitores que responsabilizam Bolsonaro pelo aumento do preço dos combustíveis (de 28% para 25%).

Ainda de acordo com Nunes, a ação de Bolsonaro só não gerou mais resultado porque os escândalos com a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e as denúncias de assédio contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, reveladas pelo Metrópoles, também ficaram conhecidas (54% cada uma) e produziram danos sobre as chances de voto em Bolsonaro.

Outro fator que limitou o crescimento de Bolsonaro foi que a economia continua sendo o principal problema para os eleitores.

Intenção de voto
A pesquisa mostrou que Bolsonaro aumentou um ponto percentual, chegando a 31% das intenções de voto, e Lula, caiu um ponto, ficando com 45%. O levantamento anterior foi feito em junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

No primeiro cenário da pesquisa estimulada, em que todos os nomes dos pré-candidatos à Presidência são apresentados aos entrevistados, Lula marcou 45%; Bolsonaro, 31%; Ciro Gomes (PDT); 6%; André Janones (Avante), 2%; Simone Tebet (MDB), 2%; e Pablo Marçal (Pros), 1%. Brancos, nulos e não vão votar marcaram 6%. Indecisos também representaram 6%.

No segundo cenário, sem Marçal, Lula e Bolsonaro mantiveram 45% e 31%, respectivamente. Ciro, Janones e Simone Tebet oscilaram, cada um, um ponto percentual para cima, pontuando, assim, 7% e 3%.

Sem Tebet e Janones, no terceiro cenário da estimulada, Lula oscilou dois pontos para cima, também dentro da margem de erro, e chegou a 47% das intenções de voto. Bolsonaro manteve 31%, Ciro oscilou um ponto para cima, chegando a 8%, e Marçal registrou 3% das intenções de voto.

Espontânea
Na pesquisa espontânea, que não oferece ao entrevistado nome de presidenciável, Bolsonaro cresceu quatro pontos percentuais no último mês, chegando a 24% das intenções de voto, enquanto Lula oscilou um ponto percentual para baixo e registrou 31%.

Ainda na espontânea, indecisos passaram de 42% para 40%. Votos em branco, nulo ou não pretendem votar oscilaram um ponto em relação a junho e representam 3% da população. Ciro Gomes manteve o mesmo percentual de intenção de voto de junho, 1%.

A pesquisa fez 2 mil entrevistas pessoais com brasileiros a partir de 16 anos, entre 29 de junho e 2 de julho. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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