‘A questão é saber se a compra de votos vai funcionar na eleição’
Paradoxalmente, o presidente reforça a imagem de seu grande oponente – Lula é visto pelos mais pobres, em termos de atributos, como aquele que melhor garantiria os benefícios para além do horizonte de dezembro estabelecido na PEC do Desespero
“Não há surpresa alguma na PEC do Desespero”, diz William Waack.
“Comprar votos é o que sempre fez a política como ela é. Vergonha na cara não existe nesse tipo de política (nem gratidão). É um traço aparentemente imutável da nossa cultura, goste-se ou não.
A questão é saber se a compra de votos vai funcionar (…).
Paradoxalmente, o presidente reforça a imagem de seu grande oponente – Lula é visto pelos mais pobres, em termos de atributos, como aquele que melhor garantiria os benefícios para além do horizonte de dezembro estabelecido na PEC do Desespero.
Em outras palavras, a derradeira estratégia de Bolsonaro promete trazer pouquíssimo ganho político obtido a um enorme custo financeiro e, principalmente, institucional ao país (algo que pouco importa para a política como ela é). Provavelmente o presidente nem percebe que foi engolido pelos fatos que pretendia mudar.”