Política

PF investiga esquema na Codevasf em gestão de ‘afilhado ‘ de Ciro

A Codevasf é responsável por realizar obras e serviços em estados do Nordeste, do Norte e no Distrito Federal

Na manhã de quarta-feira (20), a Polícia Federal cumpriu 16 mandados de busca e apreensão numa operação que apura fraudes em licitações da Codevasf. O empresário Eduardo Costa Barros, um dos investigados, foi preso. Ele é apontado pelos investigadores como ‘sócio oculto’ da empresa Construservice, alvo da operação da PF no Maranhão.

Segundo a Polícia Federal, Eduardo Costa Barros, conhecido por ‘Eduardo Imperador’ ou ‘Eduardo DP’, comanda um esquema de lavagem de dinheiro a partir do desvio de verbas públicas, por meio de fraudes em licitações no Maranhão.

Foto: Reprodução

A Codevasf é responsável por realizar obras e serviços em estados do Nordeste, do Norte e no Distrito Federal. A empresa é comandada por integrantes do Centrão – grupo de partidos que atualmente dá sustentação ao governo Bolsonaro. A estatal, que é dirigida por um “afilhado” de Ciro Nogueira, recebeu R$ 2,1 bilhões em emendas parlamentares entre 2018 a 2021.

Foto: Reprodução

Codevasf nas manchetes policiais
Uma das empresas investigadas na operação da PF desta quarta-feira (20) foi a Construservice & Empreeendimentos e Construções LTDA, que já figura como a segunda maior ganhadora de licitações da Codevasf após pouco mais de 03 (três) anos do primeiro contrato firmado com Companhia. No Piauí, a empresa foi vencedora de uma licitação no valor de mais de 27 (vinte e sete) milhões de reais.

Segundo a investigação da Polícia Federal, o esquema é feito com a participação de outras empresas de fachada com a finalidade de fraudar a licitação. Uma dessas empresas é a Engefort Construtora e Empreendimentos LTDA, que também participa de licitações na CODEVASF do Piauí.

No vizinho Estado do Maranhão a investigação da Polícia Federal resultou na revelação de um grande esquema. Aqui no Piauí a mesma empresa venceu uma licitação milionária no mesmo órgão e com o mesmo objeto. A coincidência pode sugerir que as investigações devam atravessar o Rio Parnaíba.

Foto: Reprodução

Corrupção invade a área do Centrão
Essa nova operação da PF revela que têm se tornado cada vez mais constantes as denúncias de desvios bilionários e escândalos de corrupção em órgãos públicos federais cujos titulares são indicados pelo Centrão e apadrinhados do ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o senador piauiense licenciado Ciro Nogueira.

Há pouco tempo as denúncias envolveram o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, cujo presidente é Marcelo Lopes da Ponte, ex-funcionário de Ciro no Senado e indicado por ele a Bolsonaro para comandar o FNDE.

Agora, as suspeitas de corrupção chegam á Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf, presidida por Marcelo Moreira, outro indicado por Ciro e chancelado pelo Centrão, do qual o ministro é um destacado chefe.

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