Política

PP, de Ciro Nogueira, entra na Justiça Eleitoral no Piauí para impedir imagem de candidatos com Bolsonaro

Ação no TRE alega fake news na divulgação de propagandas dos candidatos do partido com o presidente.

O diretório estadual do Progressistas, partido presidido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, acionou o Tribunal Eleitoral do Piauí (TRE-PI) para tentar proibir a circulação de imagens dos seus candidatos ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ação, a sigla alega ser fake news qualquer imagem que vincule os aliados de Nogueira e do presidente da Câmara, Arthur Lira, ao chefe do Executivo.

Nas imagens divulgadas pelo Whatsapp, o pré-candidato ao governo do estado do Piauí Silvio Mendes (União), que é apoiado pela sigla, aparece ao lado de Jair Bolsonaro na divulgação de uma agenda. Fontes próximas ao Progressistas ouvidas pelo GLOBO afirmam que o material divulgado no Whatsapp é falso, já que não há vínculo oficial entre o partido e o presidente Jair Bolsonaro. No entanto, nacionalmente, o partido integra a coligação com o Partido Liberal (PL). Em âmbito estadual, o diretório tenta se desvincular do presidente para não criar uma imagem negativa em cima das candidaturas. Em especial a de Mendes, que já disse, em declarações, que não apoia Bolsonaro.

Por rejeição no Nordeste, PP tenta se desvincular de Bolsonaro no Piauí — Foto: Divulgação

Ainda na ação e extraoficialmente, o índice de rejeição de Bolsonaro nas pesquisas recentes é usado como argumento do partido, que teve o pedido negado pela Justiça Eleitoral.

Na última pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com uma vantagem de 35 pontos percentuais na frente de Bolsonaro no primeiro turno. Lula tem 59, enquanto o presidente, 24. A rejeição também foi abordada pelo instituto que, em maio, revelou que 65% dos eleitores da região não votariam em Bolsonaro “de jeito nenhum”. A rejeição do petista era de 22% entre os nordestinos.

Presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira tenta eleger aliados como o líder do Progressistas no Piauí, Júlio Arcoverde, que é pré-candidato a deputado federal. Na Justiça Eleitoral, Arcoverde é responsável por outra ação que visa proibir santinhos que vinculem Bolsonaro aos candidatos da sigla.

Assim como o ministro da Casa Civil, Lira apoia o presidente, mas evita o vínculo ao clã bolsonarista na região. Para o governo de Alagoas, o presidente da Câmara apoia o senador Rodrigo Cunha (União), antibolsonarista declarado. Enquanto deputado, em 1999, Bolsonaro votou contra a cassação do mandante do assassinato da mãe de Cunha, que foi morta no ano anterior pelo suplente. No Rio de Janeiro, no entanto, Lira foi a convenção que ocorreu no Maracanãzinho no último domingo e ainda vestiu a camisa “Bolsonaro 2022”.

Fonte: oglobo.com

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