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Brasil vive banalização do porte e uso de arma, diz delegado

Uma das vítimas que morreu após discussão familiar em Teresina tinha registro de CAC e três armas em casa.

O coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa Baretta, afirmou que o Brasil, atualmente, vive a “banalização do porte e posse de arma de fogo” envolvendo, inclusive, a prática de tiro esportivo.

A declaração à TV Clube aconteceu nesta segunda-feira (1º) quando o delegado comentava a morte dos cunhados Daniel Flauberth Gomes Nunes Leal e Felipe Guimarães Martins Holanda, após uma discussão familiar no bairro São Pedro, na zona Sul de Teresina.

Daniel possui registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Ele tinha três armas de fogo em casa. A informação inicial é de que apenas uma dessas armas – adquiridas legalmente – foi usada no crime.

“Ele é afiliado a um clube de tiro e adquiriu essas armas legalmente, conforme nós temos na legislação vigente. Inclusive, recentemente ele adquiriu um fuzil que está em trânsito (andamento). O que nós vemos hoje é a banalização do porte de arma e do uso de arma em prol de uma prática esportiva”, disse o delegado.

Barreta acrescenta que a “arma não defende nem protege ninguém; o que defende é a pessoa. As pessoas falam tanto em tolerância e resiliência, mas terminam cometendo um ato dessa natureza”.

“A pistola 380, que segundo consta, foi utilizada para a prática dos crimes. Depois, o delegado Danúbio arrecadou mais duas armas que foram entregues pela esposa do Daniel, uma pistola 9mm e um revólver 357, que estavam no cofre, devidamente guardados. O Daniel é filiado a um clube de tiro esportivo e agente verifica, em um fato desse, que nós não podemos banalizar o uso de armas de fogo em prol de práticas esportivas”.

OPERAÇÃO POLÍCIA FEDERAL

A declaração acontece no mesmo dia em que Polícia Federal do Piauí deflagrou a segunda fase da Operação Restituere, que investigada fraude em processos administrativos no esquema que facilitava a aquisição de armas de fogo em Teresina.

Uma funcionária terceirizada que prestava serviço para a Polícia Federal, além de um instrutor de tiros e um contador são investigados. Contra a funcionária, existe um mandado de prisão preventiva.

“Não há funcionários/servidores da Polícia Federal entre os envolvidos na Operação de hoje. A terceirizada citada prestava serviço para a PF, mas já foi demitida há cerca de 8 meses”.

As equipes policiais cumprem um mandado de prisão preventiva, 11 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de afastamento das funções. Os mandados buscam apreender as armas de fogo adquiridas ilegalmente com base em documentos falsificados.

Fonte: clubenews.com

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