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Maternidades públicas sofre com falta de vacina BCG em Teresina

O desabastecimento ocorre também em outros estados e se deve à redução em 50% no envio de doses aos estados pelo Ministério da Saúde.

Teresina entrou na lista das cidades brasileiras que estão com desabastecimento da vacina BCG nas maternidades públicas municipais. O imunizante protege os recém-nascidos contra as formas graves de tuberculose e deve preferencialmente ser aplicada logo após o nascimento. Na Maternidade Dona Evangelina Rosa, a maior do estado, também não há mais doses. De acordo com o Ministério da Saúde, a média mensal de nascimentos no estado é de 3. 768.

Na Capital, na maternidade Wall Ferraz, na zona Sudeste, o desabastecimento ocorre há cerca de dois meses. Na maternidade do Buenos Aires, na zona Norte, a previsão é para a segunda quinzena do mês de setembro. Já no Satélite, na zona Leste, não há previsão.

O Cidadeverde.com também pesquisou em clínicas particulares na Capital e encontrou o imunizante disponível apenas em uma no valor de R$ 100. Em outra, a informação apurada é que as doses existentes estariam sendo racionadas e aplicadas apenas em bebês nascidos na própria maternidade particular.

A assessoria da Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que encaminha a demanda mensal de vacinas para a coordenação estadual/ Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). “As vacinas são compradas pelo Ministério da Saúde, encaminhadas para as secretarias estaduais que fazem a distribuição para as secretarias municipais”, seguiu a nota.

Por sua vez, a coordenação de imunização do Estado do Piauí informou ao Cidadeverde.com que houve redução no envio de doses e que o Ministério da Saúde encaminhou nota técnica, ainda final do mês de abril, comunicando que todos os estados iriam receber um abastecimento parcial da BCG. “O abastecimento parcial irá durar sete meses, segundo o Ministério da Saúde”, informou a Sesapi.

Foto: Reprodução

O desabastecimento ocorre também em outros estados e se deve à redução em 50% no envio de doses aos estados pelo Ministério da Saúde. A produção brasileira do imunizante está suspensa, uma vez que a única fábrica nacional está interditada em função do não cumprimento de exigências feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em junho deste ano, à Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), o Ministério da Saúde (MS) alegou que o quantitativo continuava superior à média mensal de nascidos vivos nos estados e no Distrito Federal. Além disso, a Secretaria de Vigilância em Saúde afirmou que solicitou à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a antecipação da entrega das doses adquiridas via fundo rotatório.

Mesmo faltando vacinas em Teresina, o Ministério da Saúde disse ao Cidadeverde.com que não há desabastecimento da vacina BCG no país e informou que o quantitativo mensal do imunizante varia de acordo com a demanda dos estados.

“A readequação do quantitativo ocorreu por conta da tramitação do processo de aquisição, que envolve compra, desembaraço alfandegário e autorização pela Anvisa para a entrada do produto no país, que posteriormente é enviado para análise do controle de qualidade do INCQS antes de ser distribuído para todo o país. A previsão é que a situação já esteja normalizada até o mês de setembro”, informou o MS por meio de nota.

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