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Dia dos pais: viúvo quer adotar filho da esposa que morreu

A paternidade sempre foi um sonho do gestor de Recursos Humanos, Diego Ancillotti, e ela chegou de uma forma diferente.

Foi em terras piauienses que Diego Ancillotti, natural do estado do Rio de Janeiro e gestor de Recursos Humanos, conheceu não somente o amor de sua vida, mas também alguém bastante especial com quem desenvolveria, de forma natural e genuína, uma relação de pai e filho. A paternidade, como o próprio fluminense conta, sempre foi um sonho e chegou para ele de uma forma diferente.

Em celebração ao Dia dos Pais, o Portal ClubeNews traz uma história que vai muito além de laços sanguíneos. Um vínculo que vem sendo construído com muito respeito, amor e cumplicidade. Uma ligação que, parafraseando um clichê, parece ser obra do destino.

Pedro, atualmente com 10 anos, é enteado de Diego. Ele é filho caçula da autônoma Josilene Sampaio, fruto do primeiro casamento dela, que também é mãe de Iago, de 16 anos. Há dois meses, Josi, como era conhecida por familiares e amigos, faleceu vítima de câncer após uma longa batalha contra a doença. Ela e Diego foram casados por sete anos.

Primeiros contatos

Sobre os primeiros contatos com a criança, Diego relembra que o menino tinha apenas 3 anos e que desenvolveu, imediatamente, um sentimento de carinho por ele. “De cara, gostei dele. Nos primeiros meses, ele não se achegava tanto, mas como toda criança, na medida em que foi me vendo ali, todos os dias, me conhecendo, a gente criou uma relação muito boa de pai e filho”, comentou.

Com o passar dos anos, a ligação entre Diego e Pedro foi se tornando cada vez mais forte. Apesar de não chamar o fluminense de pai, o garotinho fazia questão de expressar tamanho amor e respeito que sentia.

“O pai biológico dele é vivo, mas mora em outro estado. Ele ficou tendo essa referência de pai comigo e eu com ele de filho. Ele não me chama de pai, me chama de Diego, mas ele sabe. Josi perguntava muito ‘você tem quantos pais?’ e ele respondia “dois”, relembrou o gestor de Recursos Humanos, que continua: “foi muito natural, isso, para a gente”.

A perda de Josi

Foto: Reprodução

Josilene foi diagnosticada com câncer, pela primeira vez, aos 27 anos. Desde então, ela enfrentou momentos difíceis em decorrência à doença, mas sempre contando com o amor e o apoio da família. Aos 35 anos, ela já lutava contra o quarto câncer.

Há dois meses, Josi foi a óbito. Antes de partir, fez um pedido ao marido, que ele cuidasse de Pedro. Ali, no leito de morte, Diego prometeu-lhe que teria o menino para sempre em sua vida.

“Estamos mais próximos, mais juntos e me sinto no dever de cuidar dele, ainda mais agora, com a ausência da mãe. Ela pedia muito para que eu cuidasse dele. No leito de morte, ela pedia muito ‘cuida do Pedro!’. Além de amá-lo de coração, tenho um compromisso moral com ela”, comentou o fluminense.

Os próximos passos

Devido a questões relacionadas ao trabalho, Diego Ancillotti está de partida rumo a sua terra natal. Pedro e a avó, mãe de Josi, também estão de malas prontas para passar um período com ele na cidade maravilhosa.

“Vamos aproveitar! Vamos passear muito e fazer coisas juntos. O Pedro torce para o time do Botafogo, gosta de ver o jogo e tudo. Ele é uma criança que até o time que torço, ele torce também. A gente é muito junto”, expressou Diego.

A estadia, por enquanto, será curta, mas há planos para isso mudar. Diego destaca que sempre desejou adotar o garoto, sendo um desejo do qual compartilhava com a esposa, Josi. No momento, ele e a sogra esperam por uma resposta quanto ao pedido de guarda, feito por ela.

Dia dos Pais

Foto: Reprodução

Para o Dia dos Pais, Diego acredita que será um momento bastante especial. Além de ter o filho ao lado, seu pai também vai compartilhar da troca de afeto e carinho que a data reserva.

“Fazia alguns anos que não passava a data com o meu pai. Acho que vou estar completo. Na verdade, só não vou estar completo porque, infelizmente, não tenho mais a minha esposa, mas acho que vai ser uma experiência muito boa. Vamos passar um belo domingo dos pais”, falou.

Para os próximos anos que virão, Diego deseja apenas uma coisa: que a relação entre ele e o filho seja eterna. “O que espero do Pedro é amor, carinho, um abraço gigante, aquele sorrisão que ele abre toda vez que vai falar comigo. Das brincadeiras que a gente faz. Do respeito que ele tem por mim, é isso que espero. E mais do que nunca, o que ele pode esperar de mim é um pai amoroso, cuidadoso e e que quer ver o bem dele”, declarou.

Fonte: clubenews.com

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