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FMS reforça importância da vacina contra pólio devida baixa procura

Apenas 54,6% das crianças da capital foram imunizadas.

Prorrogada até o final do mês, a Campanha de Vacinação contra Poliomielite em Teresina está longe de atingir a meta estabelecida de pelo menos 95% da população infantil com menos de 5 anos. Segundo o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, apenas 54,6% das crianças da capital foram imunizadas.

Na avaliação do gestor, a ausência de conhecimento da população mais jovem sobre a doença tem sido um dos fatores determinantes para ausência do público alvo nos postos de vacinação.

Gilberto Albuquerque lembra que pais e mães na faixa etária de 20 a 30 anos não tiveram contato com a doença, que foi erradicada no Brasil há três décadas. Assim, o temor pela sequelas não existe no grupo.

“A pólio foi erradicada há mais de 30 anos do Brasil, então, as pessoas vão perdendo a lembrança das dificuldades daqueles que adoeceram. Os pais e mães entre 20 e 30 anos não conviveram com essa doença e não tem esse mesmo temor. Então, acham que não é tão grave quanto foi. Mas, ainda hoje temos um número grande de pessoas sequelados da pólio. Quase toda família tem um família sequelado ou que morreu da doença”, disse.

A vacina contra a pólio pode ser aplicada nas salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde(UBS) espalhadas pela capital.

A Doença

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos  e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar).

Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.

Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente.

Principais sequelas:

  • problemas e dores nas articulações;
  • pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão;
  • crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose;
  • osteoporose;
  • paralisia de uma das pernas;
  • paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta;
  • dificuldade de falar;
  • atrofia muscular;
  • hipersensibilidade ao toque.

Fonte: cidadeverde

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