NotíciasPolícia

Ex-PM acusado de matar técnico radiologista tem prisão preventiva suspensa

Na decisão, o desembargador reconheceu a alegação da defesa de Max Kellysson Marques Marreiros, que afirmou não ter sido intimada para o julgamento em que a prisão foi decretada.

O desembargador Pedro de Alcântara Macêdo, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), suspendeu, na segunda-feira (10), a decisão que decretou a prisão preventiva do ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros, acusado de matar o técnico radiologista Rudson Vieira Batista da Silva, durante uma briga em um bar em dezembro de 2019. A suspensão ocorreu antes mesmo da decisão ter sido cumprida, ou seja, do ex-policial ter sido preso.

O Ministério Público havia solicitado a prisão com fundamento na garantia da ordem pública e por conta de descumprimento de medida cautelar, acatada pelo próximo desembargador Pedro de Alcântara Macêdo, no dia 15 de setembro deste ano.

Na decisão de segunda, o desembargador reconheceu a alegação da defesa do ex-policial, que afirmou não ter sido intimada para a sessão de julgamento em que a prisão foi decretada.

Desta forma, o desembargador suspendeu o acórdão e determinou a expedição de contramandado em favor do acusado, além de ter encaminhado os autos para o Ministério Público Superior recorrer da decisão.

O crime

Rudson Vieira Batista da Silva morreu na tarde do dia 7 de dezembro em um hospital particular de Teresina após sofrer consecutivas paradas cardíacas.

O técnico em radiologia foi atingido por um tiro dentro de uma casa de shows durante briga com o ex-PM no dia 1º de dezembro de 2019.

Foto: Reprodução

O policial militar Max Kellysson foi preso em flagrante e teve a arma de fogo apreendida. No dia seguinte, durante a audiência de custódia, ele recebeu liberdade provisória.

No dia 12 de dezembro, no Centro de Teresina, familiares e amigos de Rudson fizeram uma caminhada em sua homenagem, pedindo pela prisão do suspeito.

No mesmo dia, a Justiça do Piauí decidiu manter o policial em liberdade. Na época, o juiz determinou que o acusado cumprisse medidas cautelares alternativas.

A Corregedoria da Polícia Militar do Piauí instaurou um processo administrativo e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) decidiu pela expulsão de Max Kellysson da corporação.

Em 15 de setembro de 2022, a Justiça decretou a prisão preventiva do ex-policial com fundamento na garantia da ordem pública e por conta de descumprimento de medida cautelar.

Contudo, no dia 10 de outubro, a decisão foi suspensa, antes mesmo de ser cumprida, mantendo o acusado em liberdade. O Ministério Público Superior ficou de recorrer.

Fonte: g1piauí

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo