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Semcaspi assume acolhimento direto da população venezuelana

Desde outubro de 2022, a parceria entre a Secretaria e a Associação Beneficente São Paulo Apóstolo (Abespa), que administrava os três abrigos que abrigam cerca de 200 pessoas de todas as faixas etárias, está encerrada.

A Secretaria Municipal de Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) irá assumir o acolhimento direto da população venezuelana indígena Warao em Teresina, a partir de dezembro. Isso porque, desde outubro de 2022, a parceria entre a Secretaria e a Associação Beneficente São Paulo Apóstolo (Abespa), que administrava os três abrigos que abrigam cerca de 200 pessoas de todas as faixas etárias, está encerrada.

Segundo o secretário da Semcaspi, Allan Cavalcante, o abrigo no Centro Social Urbano (CSU) foi desativado e os refugiados foram realocados na Vila Concórdia e na Casa de Passagem do Governo do Piauí.

“O CSU era um lugar bem precário. A situação hoje é menos pior que no passado. Temos trabalhado com capacitação e qualificação para proporcionar a essas pessoas o direito de criar uma independência financeira”, afirmou o secretário.

Allan Cavalcante também diz que existe uma dificuldade por parte de Organizações Não Governamentais (ONGs) em prestar essa assistência, pois essa população seria resistente a aceitar regras e exigências.

“A mendicância é cultural deles. Trabalhamos diuturnamente para evitar que eles vão para os sinais. Não fazem isso por necessidade, porque semanalmente recebem frango, peixe, ovos, além de cesta básica a cada 15 dias, kits de limpeza, higiene pessoal e acolhimento”, frisou.

Ele informou que, além da Semcaspi assumir a operacionalização do acolhimento, também há um plano de ação para que as crianças tenham oportunidade de estudar.

“Queremos, a partir do mês de dezembro, já assumir diretamente o serviço. Na pior das hipóteses, iniciar em janeiro começar os trabalhos com as pessoas venezuelanas. Também temos uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação para que, até dezembro, as crianças estejam em sala de aula. Mas tudo depende de conversas com as famílias”, afirmou.

A negociação com as famílias, de acordo com ele, vem de orientações da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério Público Federal (MPF). “Nossa atuação não é coercitiva. Com relação às crianças que ficam nos sinais, é um trabalho de sensibilização das pessoas. A Funai e o MPF entendem ser uma questão cultural, enraizada, e não podemos de forma abrupta simplesmente retirá-los, explicou”.

O secretário também orientou a população teresinense a não dar dinheiro nos sinais. Segundo Allan Cavalcante, ainda que as pessoas se sensibilizem e tenham a intenção de ajudar, os refugiados já recebem assistência nos abrigos e não passam necessidade.

Fonte: g1piauí 

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