Ciro Nogueira pediu R$ 30.000 e retirada de matéria sobre compra de caminhão de lixo, mas justiça negou
A sentença foi publicada no dia 09 de novembro de 2022.
O jornal O Estado de São Paulo, em matéria assinada por André Shalders, Julia Affonso e Vinícius Valfré, no especial “Farra do Caminhão do Lixo”, informa aos seus leitores que o ministro-chefe da Casa Civil “direcionou emenda para comprar caminhão de lixo de amiga que frequenta seu gabinete”.
Segundo a publicação, a empresa Grupo Mônaco Diesel Caminhões LTDA, cuja proprietária seria a empresária Carla Morgana Denardim, ampliou a venda de compactadores de lixo para o governo após a aproximação de Ciro Nogueira com o governo Bolsonaro.
E que após essa aproximação a empresa teria conseguido um contrato de R$ 11,9 milhões com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), através da superintendência no Piauí, onde figura um suposto apadrinhado de Ciro, Inaldo Guerra.
Em reportagem anterior, o Estadão sustentou que há suspeita de sobrepreço de R$ 109,3 milhões no aumento 500% na compra de caminhões de lixo no atual governo Bolsonaro, compras essas geridas por estatais que Bolsonaro cedeu para o Centrão, grupamento de partidos vorazes do qual Ciro faz parte.
Ainda segundo o jornal, na mais recente matéria, a emenda de Ciro Nogueira, senador licenciado, garantiu a compra de um caminhão compactador de lixo para o município de Brasileira, que tem pouco mais de 8.300 habitantes.
Também informa, citando especialistas, que o compactador de lixo é desaconselhado para municípios como o de Brasileira, vez que ele não possui mais de 17 mil habitantes, devido ao alto custo, sendo aconselhado o caminhão basculante.
O caminhão que beneficiou Brasileira custou R$ 318.044,23, mais caro que os demais adquiridos pela Codevasf, da ordem de R$ 297,8 mil, também segundo o jornal. E teria sido entregue ao município pela deputada Iracema Portella.
Decisão Desfavorável.
Após a repercussão nacional o senador licenciado e atual Ministro da Casa Civil Ciro Nogueira tentou censurar os jornalistas do Estadão André Shalders, Julia Affonso e Vinícius Valfré, porém a justiça entendeu que não houve atos que causassem danos morais a imagem de Ciro Nogueira nem tampouco houve extrapolação ao direito de imprensa. Ciro havia pedido R$30.000,00 (trinta mil reais ) de indenização por danos morais. Ao final venceu o direito de informar e a liberdade de informação.
Fonte: Tribuna Piauí