Economia

Produção industrial avança 0,3% em outubro, aponta IBGE

Alta é registrada após dois meses seguidos de queda. Resultado deixa o setor ainda 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia e 18% abaixo do pico.

A produção industrial brasileira teve alta de 0,3% na passagem de setembro para outubro, interrompendo dois meses seguidos de queda. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento foi registrado em apenas sete dos 26 ramos industriais pesquisados e foi insuficiente para recuperar a perda acumulada de 1,3% em agosto e setembro.

Na comparação com outubro do ano passado, a indústria registrou um avanço de 1,7%. No ano acumulado do ano, porém, acumula queda de 0,8%. Já em 12 meses, a queda acumulada chega a 1,4%.

Com o resultado de outubro, a indústria brasileira se encontra 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,4% abaixo do nível recorde, alcançado pelo setor em maio de 2011.

“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora no início do ano, uma vez que marcou resultados positivos por quatro meses em sequência, nos últimos meses o setor apresenta um comportamento de predominância negativa”, enfatizou o gerente da pesquisa, André Macedo.

O pesquisador destacou que nos últimos cinco meses a indústria amargou três quedas “com a característica de um número maior de atividades industriais no campo negativo, permanecendo longe de recuperar as perdas de um passado recente”.

Alimentícios puxam alta

De acordo com o levantamento, dentre as sete atividades industriais com alta na produção em outubro, a de produtos alimentícios foi a que exerceu a maior influência sobre o resultado geral do setor – avançou 4,8% na comparação com setembro, atenuando a queda acumulada de 7,1% nos dois últimos meses.

A segunda atividade de maior destaque positivo no mês foi a de metalurgia, com alta de 4,6%, após recuo de 7,6% no mês anterior.

Dentre as 19 atividades com queda na produção, destacam-se a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), máquinas e equipamentos (-9,1%) e bebidas (-9,3%).

Foi a segunda queda seguida na produção automotiva, com perda acumulada de 6,8% no período. Já a queda de máquinas e equipamentos eliminou parte do avanço de 16,9% acumulado nos dois últimos meses, enquanto a de bebidas teve sua segunda queda seguida.

Também recuaram couro, artigos para viagem e calçados (-13,2%), outros produtos químicos (-3,0%), produtos diversos (-12,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,1%), produtos de madeira (-8,8%), produtos de borracha e de material plástico (-2,6%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%).

Fonte: G1 Globo

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