Avião em que viaja Wellington Dias é interditado em Brasília
Foi em Brasília, e situação apareceu nos portais da capital federal; silêncio no Piauí.
Uma série de irregularidades. Até mesmo a interdição da aeronave em que viajava o governador Wellington Dias. Voos sem qualquer conexão com a exigência da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). É o que se vê a partir de agora, nesta matéria produzida após ampla investigação sobre documentos oficiais.
Tais documentos foram obtidos junto a uma fonte privilegiada que pede reserva da sua identidade por razões óbvias.
Vamos aos fatos. A aeronave PR-BSK foi adquirida em 3 de outubro /2012 pela empresa Ceará Táxi Aéreo Ltda, conforme campo Data da Compra/Transferência. Realizou voos de forma irregular durantes os governos Wilson Martins, Zé Filho e Wellington Dias.
Enfatize-se o fato do proprietário ser a empresa Ceará Táxi Aéreo Ltda, porém a mesma é operada pela pessoa física Emilio Anselmo Bonfim Chagas, fato que infringe a operação como táxi aéreo, conforme explicito nos campos Status de Operação e Categoria de Registro.
Conforme legislação da ANAC, RBAC 135, nenhuma aeronave operada por pessoa física poderá exercer serviço de táxi aéreo (remunerado), e sim apenas voos particulares em favor do próprio operador (voos não remunerados).
O contrato firmado para essa aeronave se deu através do pregão eletrônico 030/2012 – DLCA/SEAD, conforme a fotografia de número 2. Algumas denúncias foram feitas por outros portais, porém nunca passou disso, como se pode ver nesta matéria do 180graus: ACESSE AQUI.
Na página 4 de um relatório de viagem do governador Wellington Dias, fica está explicito a matrícula da aeronave (PR-BSK) caracterizando o uso da referida aeronave como de uso oficial. Veja no link a seguir. ACESSE LINK AQUI.
Falemos agora sobre a aeronave PT-WJS, adquirida em 28 de outubro de 2015 pela empresa Ceará Táxi Aéreo Ltda, de acordo com arquivo fotográfico número 4. Em data de 15 de junho de 2016 teve como operador novamente a pessoa física Emilio Anselmo Bonfim Chagas.
Nesse período a referida aeronave foi interditada em Brasília durante um voo com o governador por tratar-se justamente por de um voo irregular. A notícia da interdição foi publicada em vários portais. Mas no Piauí ficou em segredo. VEJA AQUI.
Devido a esse incidente, a aeronave foi interditada e a empresa sofreu uma suspensão por parte da ANAC, conforme se pode ver nas imagens 6 e 7. Diante dessa situação, a empresa transferiu a operação para o Gabinete Militar do Estado em 12 de julho de 2019, e a Categoria de Registro passou a ser de Administração Direta Estadual, uma forma de encobrir a irregularidade no contrato da aeronave. As imagens 8 e 9 evidenciam claramente as irregularidades mencionadas.
Toda aeronave para realizar voos como táxi aéreo, deve obedecer a 2 critérios: 1) Ser operada por uma empresa de táxi aéreo, e; 2) Constar nas especificações operativas da empresa junto à ANAC.
Qualquer aeronave operando voos remunerados fora desses requisitos encontra-se em caráter irregular perante a ANAC. O detalhe de tudo isso é que em nenhum momento nenhuma das duas aeronaves foi operada pela empresa Ceará Táxi Aéreo Ltda e constou em suas especificações operativas.
Todos os documentos mencionados podem ser conferidos na galeria ao fim da matéria ou no link a seguir. (Toni Rodrigues)