Política

PF chega na gestão de Firmino e CGU também investiga sumiço de respiradores

Segundo documento da própria CGU, a FMS firmou contrato com a empresa Fast Engenharia e Montagens no valor de R$ 8,9 milhões.

Mais uma vez a gestão tucana em Teresina é afetada negativamente. Dessa vez, com uma operação da Polícia Federal . É só a prova de que a herança de Wall Ferraz na administração da Prefeitura de Teresina já não existe mais há muito tempo. Nesta quarta-feira(02), a Polícia Federal deflagrou a Operação Caligo após a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar superfaturamento na ordem de R$ 190 mil em contrato firmado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) na compra de máscaras.

Apesar da Prefeitura de Teresina, através da FMS, adotar a mesma estratégia do governador Wellington Dias de sempre jogar para a população que as empresas é que estão sendo investigadas, é bom a Prefeitura de Teresina se preparar para os próximos casos que também estão em andamento.

Além desse caso, o Código do Poder já sabe qua a CGU está analisando contratos e pagamentos firmados junto ao hospital de campanha do HUT (Hospital João Claudino Fernandes).

Segundo documento da própria CGU, a FMS firmou contrato com a empresa Fast Engenharia e Montagens no valor de R$ 8,9 milhões para entregar diversos equipamentos (cardioversor, monitores multiparamétricos, ventiladores mecânicos, ar condicionado, mesa auxiliar) em 30 dias após o pagamento.

Depois da empresa receber a grana, a CGU fez uma diligência no local e, de um total de 245 equipamentos contratados, só encontrou 87 equipamentos.

Para complicar ainda mais, existem diversos respiradores que foram entregues diferentes dos modelos que estavam previstos no contrato com a Fast Engenharia.

Em resposta ao superintendente da CGU no Piauí, Glauco Ferreira, a FMS deu desculpa de que muitos equipamentos foram entregues após a visita dos auditores da CGU e que alguns equipamentos foram distribuídos para outros hospitais. Para completar, num corrida contra o tempo, estão fazendo arranjos para mudar cláusulas do contrato original.

“No momento que os ventiladores mecânicos foram entregues pela empresa contratada, os módulos ainda não estavam em funcionamento e havia necessidade de ventiladores nos demais leitos da Fundação Municipal de Saúde. Na época, havia dificuldade mundial na aquisição desses equipamentos, e a bem do paciente, disponibilizamos os ventiladores para dar suporte na rede municipal de saúde. Em seguida, a FMS recebeu ventiladores importados da Turquia e não foi realizada a troca dos ventiladores para não expor os pacientes que estava utilizando os ventiladores do contrato com a FAST a nenhum risco”, declarou o presidente da FMS, Manoel de Moura Neto, em documento encaminhado à CGU.

LEGADO DE WALL FERRAZ JÁ ERA
A herança política deixada pelo ex-prefeito Wall Ferraz já não existe mais na Prefeitura de Teresina. Os critérios técnicos que elegeram os seus sucessores estão cada vez mais sendo substituído por todos os tipos de interferência. Cada vez mais, a gestão de Firmino Filho tem comprovado que é só mais um pouco do que já vemos em muitas prefeituras do interior e no governo do Estado do Piauí. Até as desculpas já são as mesmas.

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