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Pai de Tainah, denuncia pedido “imoral” para protelar processo

“Eu tenho certeza que o Poder Judiciário não vai aceitar essa suspeição ridícula", disse Marcelo Rocha.

O jornalista Marcelo Rocha, pai de Tainah Rocha, 27 anos, que foi morta em maio do ano passado, classificou como “imoral” o pedido de suspeição protocolado pelo advogado da principal suspeita do assassinato.  

Mês passado, o advogado Regis de Moraes Marinho Filho, que defende Fernanda Maria Lobão Ayres, acusada pela morte de Tainah Rocha pediu o afastamento do promotor Benigno Filho do processo.

Na petição, o advogado, que é filho do promotor do Tribunal do Júri, Regis Marinho, alega que Benigno Filho tem relação de proximidade com o promotor Regis Marinho. Para a defesa, essa relação próxima afeta o processo, segundo o advogado. 

“Recebemos essa informação um tanto surpreso. Ele quer dizer que existe possibilidade, intenção, de uma força superior possa decidir ou definir qualquer coisa? A gente fica indignado, horrorizado, quando se chega a essa fórmula, a essa tentativa de que possa demorar mais ainda o julgamento”, disse Marcelo Rocha. 

“Eu tenho certeza que o Poder Judiciário não vai aceitar essa proposta imoral, essa suspeição ridícula”, completou Marcelo Rocha. 

O pedido de suspeição foi protocolado dia 23 de fevereiro. Entre os fundamentos apresentados pela defesa está a relação de convivência pessoal que o pai da defesa tem com o promotor encarregado do processo. 

“Há de se evitar, por questão de prudência e zelo com as normas processuais, quaisquer aberturas para eventuais alegações de favorecimento à acusada, em virtude do seu causídico ser filho de Promotor de Justiça com o qual o membro do Parquet em atuação nesta causa tem relação próxima. Inclusive essa condição deve ser aplicada aos demais membros do MP/PI em atuação perante o juízo in casu, seguindo a mesma lógica esposada acima”, diz trecho da alegação da defesa. 

A suspeição foi encaminhada ao juízo da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina. 

O portal tentou falar com o advogado Regis Filho e com o promotor Benigno Filho, mas não atenderam ao telefone. O Cidadeverde.com fica aberto para esclarecimentos.

Tainah Luz Brasil Rocha morreu em maio de 2022, após ser esfaqueada, no bairro Mocambinho. A vítima foi encontrada ensanguentada por vizinhos, que ouviram gritos de socorro no momento do crime. Ela foi morta com mais de sete facadas. O crime foi investigado pela delegada Nathalia Sampaio de Figueiredo, da Delegacia de Feminicídio do Piauí.

Fonte: Cidade Verde

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