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Acusado de matar a sogra é julgado após 17 anos do crime

A professora Leonor foi morta a tiros ao proteger a filha.

O acusado de matar a professora Leonor Moreira da Silva, no dia 7 de agosto de 2005, passa por Júri Popular em Teresina, nesta terça-feira (14), após 17 anos e sete meses do assassinato. O acusado era genro da vítima na época do crime, que aconteceu no Centro de Teresina (PI). Ele tentava matar a então companheira, filha da vítima, mas atirou na sogra que interviu na discussão.

No dia do crime, a família comemorava o aniversário antecipado da vítima. Após uma discussão, Nilvan Maciel Neiva atirou na cabeça da professora.

A cena continua viva na memória de Clarissa, fila da vítima e ex-mulher do acusado. Ela conta que o ex-companheiro tentou, inicialmente, matá-la, foi quando a mãe tentou intervir e sofreu dois disparos na cabeça, morrendo no local.

A confusão inicial porque o acusado queria vender uma arma clandestina aos convidados da festa. “Ele andava armado com uma arma clandestina porque não tinha porte. Ele ofereceu essa arma para vendar a uns convidados que estavam lá (na festa); ninguém quis”.

“No decorrer da festa, ele ficou mais alterado, jogou o copo em mim, e as discussões continuaram. Minha mãe irritada, eu irritada. Quando foi no final, quando todo mundo foi embora, ele pegou a arma para me matar, não era para minha, quando eu corri pro banheiro”.

Trancada no banheiro, a filha da vítima escutou os disparos. “Minha mãe foi tentar conversar com ele para tomar a arma dele, lá de dentro escutei os tiros, ele tinha atirado nela”, lembra.

NETA DA VÍTIMA E FILHA DO ACUSADO PRESENCIOU O CRIME

A neta da professora, Melissa Oliveira, tinha apenas 6 anos quando o crime aconteceu. Ela cresceu recordando das discussões que terminou na morte da avó. O acusado é pai de Melissa.

“Foi muito difícil para mim. Ele tentava colocar na minha cabeça que eu não tinha visto. Ele queria que eu morasse lá para negar o crime, sendo que vi que ele matou a minha avó. Ele deu o primeiro tiro. Eu presenciei. Tudo que a gente quer é justiça”.

Foto: Reprodução

A advogada Justina Vale comenta que a demora no julgamento de processos penais leva mais tempo para resolução devido às brechas na legislação.

“É a estrutura do nosso Tribunal de Justiça que requer essa análise; são várias instâncias: sobe e desce, primeiro e segundo grau, se protelando cada vez mais o julgamento desses processos. É mais comum que a gente imagina, infelizmente”.

Sobre a demora do julgamento, o Tribunal de Justiça informou que não vai se pronunciar sobre o caso.

Fonte: Clube News 

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