Greve dos motoristas de ônibus chega ao fim em Teresina
O acordo foi selado na manhã desta sexta-feira (24) durante audiência
Depois de intensas negociações, chegou ao fim a greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina. O acordo foi selado na manhã desta sexta-feira (24) durante audiência que contou com a presença da categoria e representantes da Prefeitura de Teresina e do Setut. Com isso, o transporte público da capital deverá voltar a circular com 100% da frota até segunda-feira (27).
O movimento grevista durou 11 dias e desde quinta-feira duas zonas voltaram a ter a circulação do transporte coletivo. Hoje, com a assinatura da convenção, os dois consórcios restantes voltam a operar de forma gradativa na capital.
A reunião durou quase duas horas e os dois consórcios que faltavam, das zonas Sul e Sudeste da capital, aceitaram as propostas apresentadas na quinta-feira (23) e a convenção coletiva da categoria foi assinada.
Os consórcios Transcol que atende zona Sul e Consórcio Theresina da Sudeste (Taguatur/Entracol/Transporte Teresina e Transfácil) aceitaram a proposta acordada e resolveram assinar a convenção coletiva. Assim toda categoria terá garantia do mesmo reajuste, independente dos consórcios.
O acordo assinado prevê reajuste de 6% no salário de motoristas, cobradores e fiscais dos consórcios. O reajuste será pago em duas parcelas: 3,5% no ato da assinatura do acordo e 2,5% a partir de julho ou do início do pagamento do subsídio do Governo do Estado. O ticket alimentação foi fixado em R$ 350,00 e o auxílio saúde em R$ 80,00. O acordo é válido até abril de 2024.
“Nós já estamos há duas semanas aqui tentando fazer com que as partes cheguem ao consenso. A função do Ministério Público do Trabalho e do Poder Judiciário é exatamente essa, tentar e conduzir pra que o acordo fosse feito. Foram duas semanas árduas em que a gente teve avanços, depois tivemos retrocessos, mas finalmente nós conseguimos finalizar esse acordo, os trabalhadores tiveram vantagens, benefícios que possibilitou o acordo. Obviamente que não é exatamente aquilo que eles estavam imaginando antes porque ocorreram muitas perdas salariais desde 2019, mas diante do cenário como mencionei foi um acordo possível e que do ponto de vista do Ministério Público do Trabalho eu considero vantajoso os trabalhadores”, disse o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Edno Moura à TV Antena 10.