Política

Depois de 19 dias, Ricardo Salles entrega celular à Polícia Federal

Ministro foi alvo da operação Akuandaba, que apura se ele agiu para beneficiar madeireiros. Defesa diz que aparelho 'não foi requerido' no dia da ação da PF

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 7, que entregou seu celular aos investigadores da Polícia Federal no âmbito da Operação Akuanduba, que apura se ele atuou no cargo em benefício de madeireiros que desmatam ilegalmente áreas da Amazônia e facilitou o contrabando de madeira ilegal.

A operação foi deflagrada no dia 19 de maio e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ministro, que teve os sigilos bancário e fiscal quebrados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da ação no STF. O celular foi entregue à Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Superintendência da PF no Distrito Federal.

No documento remetido ao Supremo, os advogados Roberto Podval e Fernando Fernandes, que defendem Ricardo Salles, sustentam que “o aparelho e não foi requerido na data da diligência realizada”.

O fato de o celular de Salles não ter sido apreendido pela Polícia Federal no dia da operação foi apontado a Moraes pela advogada Cibele Berenice Amorim, sem relação com o processo, para pedir que ele seja afastado do cargo e tenha a prisão preventiva decretada. O ministro do STF pediu à Procuradoria-Geral da República que se manifeste sobre os pedidos da advogada. Nesta segunda, os defensores de Ricardo Salles reforçaram ao ministro do Supremo que a petição de Cibele deve ser retirada da ação, porque ela “não possui legitimidade para apresentar requerimentos nesses autos”.

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