Hormônios e saúde mental: saiba como um impacta o outro
Os níveis de hormônio no organismo têm relação direta com a sensação de bem-estar e saúde mental. Veja quais são os principais.
Nem sempre as dificuldades que surgem no dia a dia estão relacionadas somente ao bem-estar psicológico. Na verdade, a saúde mental está intimamente ligada às questões hormonais: de certa maneira, os hormônios contribuem para o equilíbrio da saúde como um todo. Por isso, quando os níveis estão alterados, isso pode impactar diversas áreas da vida, causando, inclusive, alguns transtornos.
Muitas vezes, essas alterações acontecem devido a uma determinada fase da vida, uso de medicamentos, anticoncepcionais ou ainda algumas doenças que influenciam na taxa hormonal, como o hipotireoidismo (caracterizado pela deficiência de hormônios da tireoide), entre outros fatores.
“A baixa testosterona em nosso organismo, por exemplo, aumenta o risco de depressão, demência, falta de memória, reduz a massa muscular e massa óssea. Isso pode levar ao aumento de doenças metabólicas, obesidade, alterações de colesterol e doenças cardiovasculares”, diz a ginecologista e obstetra Priscila Pyrrho.
Segundo ela, os hormônios promovem sensação de bem-estar e ajudam a manter a saúde do organismo. É o caso, por exemplo, das endorfinas, serotoninas, dopamina e ocitocina, conhecidos como “hormônios da felicidade”. Muitas vezes, é preciso fazer a sua reposição através da ajuda de um médico.
“Muitas vezes, um problema de saúde mental precisa ser verificado não apenas por um psicólogo ou um psiquiatra, mas também por outros especialistas através de um tratamento de medicina integrativa”, explica Priscila.
Como os hormônios impactam na saúde mental
A médica enumerou a seguir alguns dos benefícios desses hormônios para a nossa saúde mental.Confira:
Endorfina: produzida pela hipófise, age estimulando a sensação de autoestima, prazer, bem-estar, bom-humor, motivação, desejo sexual e felicidade. Além disso, fortalece o sistema imunológico e funciona como analgésico na redução da dor física e do estresse.
Serotonina: hormônio liberado a partir da prática de esportes e também da ingestão de alguns alimentos ricos em triptofano, como abacate, banana, nozes e salmão. Quando há desequilíbrio desse hormônio, é mais comum sentir tristeza e solidão, o que pode desencadear quadros de ansiedade e depressão.
Dopamina: além do envolvimento nas emoções, também age nos processos cognitivos, no controle dos movimentos, na função cardíaca, na capacidade de atenção e no aprendizado. De acordo com estudos, está diretamente relacionada a distúrbios como o Mal de Parkinson ou TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), por exemplo. Apesar de produzida naturalmente pelo organismo, é possível aumentar seus níveis pelo consumo de ovos, peixes, carnes ou feijão.
Ocitocina: esse é conhecido como o hormônio do “amor”. É responsável por sensações reconfortantes e de satisfação, após, por exemplo, receber um abraço. “Junto a outros neurotransmissores, diminui a ansiedade e o estresse em momentos de interações sociais. Em desequilíbrio, causa sensação de cansaço, desânimo e irritação”, finaliza Priscila.
Fonte: Saúde em Dia