Política

Só pensa no PT: Ciro Nogueira ensaia até fraude eleitoral para tentar enfrentar W. Dias em 2022

Senador piauiense tenta de quebra, deixar a mãe em sua cadeira por quatro anos. Em caso parecido, TSE já decidiu por não permitir e caracterizou como fraude eleitoral

A birra do senador Ciro Nogueira (Progressistas), alvo da Polícia Federal, em querer confrontar o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), em 2022, chegou ao limite do que permite a lei brasileira.

O senador cogita, segundo informações de bastidores, voltar a disputar uma cadeira no Senado Federal, para simplesmente concorrer contra o petista, que é o nome governista na disputa pela única vaga para 2022. Ciro acredita que pode eliminar de vez o seu ex-parceiro do cenário eleitoral.

No entanto, o ensaio de passos inconstitucionais de Ciro Nogueira para tentar medir forças com Wellington Dias, é uma tese descartada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2018, a Corte cravou que um senador não pode tentar se reeleger no exercício da 1º metade do mandato, porque os últimos 4 anos seriam cumpridos pelo suplente, não eleito diretamente pelos cidadãos.

JOGO DE FAMÍLIA?
A ideia de Ciro, além de alucinante, colocaria sua própria mãe como titular da cadeira. Eliane Nogueira é a primeira suplente do filho, e ficaria com o mandato durante os próximos quatro anos.

Eliane Nogueira, a mãe de Ciro Nogueira, é a primeira suplente no Senado Foto: Divulgação

Caso parecido ocorreu com o senador carioca Romário. O baixinho fez uma consulta ao TSE em 2018, quando tentou ser candidato ao Senado novamente, ainda na metade de seu mandato.

“Permitir que um senador que ainda tem 4 anos de mandato renuncie, para que o suplente assuma o seu lugar e ele possa concorrer a uma vaga por mais oito anos é fraude à vontade popular e ao mandamento constitucional”, afirmou o ministro Luís Roberto Barroso.

CONSTRANGIMENTO NA BASE
A paixão alucinante de Ciro, pelo poder, considerado um surfista de governos, desde Lula (PT) até Bolsonaro (sem partido), não está sendo bem interpretada pelos deputados do Progressistas no Piauí.

Ciro Nogueira foi eleito em 2018 ao lado de Wellington Dias e usando a imagem de Lula Foto: Reprodução

Criado dentro do grupo de Wellington Dias, até a eleição de 2018, onde foi eleito ao lado de Marcelo Castro (MDB) com todo o apoio do Palácio de Karnak, Ciro se coloca atualmente como uma das vozes da oposição.

Com interesses contrariados, o dono do Progressistas peitou os deputados e os obrigou a decidir de qual lado vão ficar. Nomes como Hélio Isaías, Wilson Brandão e Firmino Paulo, com boa relação com Wellington Dias, estão de malas prontas para desembarcarem do partido.

MARGARETE SÓ OBSERVA
Além deles, a deputada federal Margarete Coelho, também do Progressistas e ex vice-governadora do índio petista, continua como uma incógnita dentro do grupo. Ela possui espaço dentro da gestão estadual, com a irmã Sádia Castro na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR).

Advogada e uma das mentes brilhantes do Congresso Nacional, ela possui uma pauta bastante dinâmica e rígida, defendendo o combate à corrupção e os direitos humanos, o que vai de encontro aos interesses de Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro.

A deputada federal Margarete Coelho com o governador Wellington Dias Foto: GP1

Recentemente, Margarete viu seus relatórios serem engavetados no Congresso com apoio de Bolsonaro, a quem Ciro Nogueira, o filho 05, chama de pai.

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