Política

Ataque de Ciro à Wellington Dias constrange Margarete Coelho

Ciro Nogueira constrange parlamentares do Progressistas que estão de malas prontas para saírem do partido

A paixão alucinante do senador Ciro Nogueira, pelo poder, considerado um surfista de governos, desde Lula (PT) até Bolsonaro (sem partido), tem sido considerada um sinal de desprestígio aos deputados de longas datas do Progressistas no Piauí.

Criado dentro do grupo de Wellington Dias, até a eleição de 2018, onde foi eleito ao lado de Marcelo Castro (MDB) com todo o apoio do Palácio de Karnak, Ciro se coloca atualmente como uma das vozes da oposição à gestão petista.

Por conta do cenário constrangedor, nomes como Hélio Isaías, Wilson Brandão e Firmino Paulo, que possuem boa relação com Wellington Dias, estão de malas prontas para uma sigla menos reacionária.

Leia mais: Só pensa no PT: Ciro Nogueira ensaia até fraude eleitoral para tentar enfrentar W. Dias em 2022

Além deles, a deputada federal Margarete Coelho, também do Progressistas e ex vice-governadora do índio petista, continua como uma incógnita dentro do grupo. Ela possui espaço dentro da gestão estadual, com a irmã Sádia Castro na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR).

Advogada e uma das mentes brilhantes do Congresso Nacional, ela possui uma pauta bastante dinâmica e rígida, defendendo o combate à corrupção e os direitos humanos, o que vai de encontro aos interesses de Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro.

Recentemente, Margarete viu seus relatórios serem engavetados no Congresso com apoio de Bolsonaro, a quem Ciro Nogueira, o filho 05, chama de pai. É constrangedor para uma das mais respeitadas juristas do Piauí.

FILHO DO BOLSONARO
A birra do senador Ciro Nogueira, alvo da Polícia Federal, em querer confrontar o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), em 2022, chegou ao limite do que permite a lei brasileira.

Em 2018, Ciro Nogueira foi eleito senador graças ao apoio do PT, de Wellington Dias e do Palácio de Karnak Foto: Divulgação

O senador cogita, segundo informações de bastidores, voltar a disputar uma cadeira no Senado Federal, para simplesmente concorrer contra o petista, que é o nome governista na disputa pela única vaga para 2022. Ciro acredita que pode eliminar de vez o seu ex-parceiro do cenário eleitoral.

No entanto, o ensaio de passos inconstitucionais de Ciro Nogueira para tentar medir forças com Wellington Dias, é uma tese descartada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2018, a Corte cravou que um senador não pode tentar se reeleger no exercício da 1º metade do mandato, porque os últimos 4 anos seriam cumpridos pelo suplente, não eleito diretamente pelos cidadãos.

JOGO DE FAMÍLIA?
A ideia de Ciro, além de alucinante, colocaria sua própria mãe como titular da cadeira. Eliane Nogueira é a primeira suplente do filho, e ficaria com o mandato durante os próximos quatro anos.

Eliane Nogueira, a mãe de Ciro Nogueira, é a primeira suplente no Senado Foto: Divulgação

Caso parecido ocorreu com o senador carioca Romário. O baixinho fez uma consulta ao TSE em 2018, quando tentou ser candidato ao Senado novamente, ainda na metade de seu mandato.

“Permitir que um senador que ainda tem 4 anos de mandato renuncie, para que o suplente assuma o seu lugar e ele possa concorrer a uma vaga por mais oito anos é fraude à vontade popular e ao mandamento constitucional”, afirmou o ministro Luís Roberto Barroso.

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