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Informações sobre o transporte público de Teresina não são transparentes, aponta TCE

Segundo o relatório, várias informações sobre o transporte público não são transparentes. Uma audiência pública com todos os envolvidos deve acontecer no dia 23 de junho.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) finalizou e divulgou, nesta quinta-feira (25), o relatório da auditoria do transporte público de Teresina. Na apresentação o relator, conselheiro Delano Câmara, comparou os dados do subsídio do transporte público de Teresina, que chega a R$ 3 milhões, e de Fortaleza, com o gasto de R$ 4 milhões para uma população 10 vezes maior.

“Isso é muito estranho. Como pode uma cidade como Fortaleza, que é maior, gastar menos com transporte público? A população que utilizava o sistema público de transporte em Teresina era de mais de 80 mil pessoas. Hoje são apenas 22 mil. O que aconteceu com quase 60 mil pessoas? Não pegam ônibus porque não querem ou porque o serviço é de má qualidade?”, questionou o conselheiro.

Segundo o conselheiro, a primeira percepção da auditoria foi de que várias informações sobre o transporte público não são transparentes. Dentre os problemas apontados, o tribunal destacou que os ônibus fazem as rotas com o GPS desligado e que os dados da bilhetagem e repercussão dos custos, receitas e desesperas não são claros.

“Teresina era para ter um sistema integrado, mas isso funciona. Gastamos uma fortuna de investimento e não temos o resultado necessário e desejado. Isso inclusive está evidenciado nos relatórios da auditoria”, pontuou o conselheiro.

Audiência pública

O conselheiro do TCE-PI, Delano Câmara, afirmou que um debate será aberto a fim de entender as limitações de cada um dos atores (empresários, usuários, motoristas e cobradores), que buscam solucionar o problema. A audiência pública deve acontecer no dia 23 de junho.

“Eu poderia simplesmente ter julgado e concluído o processo. Seria menos um para minha relatória. Mas ao invés disso estou buscando realizar o objetivo do TCE, que é a melhoria e controle da qualidade dos serviços”, afirmou.

Ele destacou ainda que a Câmara Municipal de Teresina (CMT) e a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) já realizaram debates dessa natureza, mas que não foram à frente e ‘a população continuou pagando ônibus sem qualidade’.

“Se todos os atores estiverem buscando melhorias e atingirmos uma real solução para a população, conseguimos garantir a boa prestação do serviço. Depois de ouvir todos os atores envolvidos iremos chegar de fato ao processo final. Caso não seja resolvido, as possibilidades são infinitas, desde ações mais duras que a legislação nos permite até um possível termo de ajuste de conduta com prazo estabelecido”, finalizou.

Fonte: G1 Piauí 

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