Refluxo: saiba como se livrar da azia e da queimação
O refluxo gastroesofágico atinge 30% da população adulta do Brasil.
O refluxo gastroesofágico, desconforto que parte da boca do estômago e pode percorrer até a garganta e a boca, atinge 30% da população adulta do Brasil. Os dados são da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). Os sintomas mais comuns são azia, queimação na região interna do tórax e má digestão. Mas também é possível que o paciente apresente problemas no pulmão, tosse e rouquidão.
A causa mais comum do refluxo gastroesofágico é o consumo em excesso de alimentos calóricos e industrializados. “A combinação de comidas pesadas, refeições em grande quantidade, fora de hora, e o excesso do consumo de bebidas alcoólicas, não é adequada”, conta o clínico e cirurgião do aparelho digestivo, Samuel Okazaki.
Fatores de risco
Existem alguns fatores de risco que, ao longo do tempo, podem causar a doença do refluxo gastroesofágico. Okazaki preparou uma lista deles. A hérnia de hiato, que acontece quando o estômago impulsiona o diafragma e provoca o deslocamento do esôfago, é um deles. Existem ainda a obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, refeições volumosas, principalmente antes de se deitar, comer rápido e sem mastigar direito e ainda abusar de café, chá-preto, chá-mate e bebidas gaseificadas.
Principais sintomas
É possível evitar que um refluxo simples evolua para doença do refluxo gastroesofágico, ficando atento aos sinais e procurando tratamento médico o quanto antes. Diante disso, é necessário que se conheça os sintomas desse problema. A azia e queimação, que se origina na boca do estômago e pode atingir a garganta é um destes sinais. Se ela vier acompanhada de sintomas como vômitos, gosto amargo na boca, tosse seca, rouquidão, irritação na garganta, dor torácica, que pode ser confundida com angina ou infarto do miocárdio e doenças pulmonares de repetição, como pneumonias é hora de procurar um médico.
Tratamento
Se detectada na fase inicial, os cuidados e tratamentos para uma pessoa com a doença do refluxo gastroesofágico são mais simples e costumam usar medicamentos para controlar os sintomas e reestabelecer o bom funcionamento do sistema digestivo. Fazer reeducação alimentar e passar a praticar atividade física regularmente já podem proporcionar bons resultados em casos mais leves.
No entanto, em alguns casos, a cirurgia pode ser uma alternativa, quando o problema não é causado apenas pela má alimentação e o sedentarismo. “O tratamento cirúrgico também é indicado quando o refluxo causa danos ao esôfago, como uma esofagite erosiva em estágios avançados, ou até alterações mais graves que possam predispor o aparecimento de um câncer de esôfago”, completa o Okazaki.