Política

CPI dos Atos Golpistas ouve Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF

Silvinei Vasques é alvo de um inquérito que investiga se houve ação deliberada para prejudicar eleitores de Lula.

No primeiro depoimento da CPI do 8 Janeiro, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que sua intenção ao comparer ao colegiado é combater ao que chamou de “maior injustiça da história contra PRF”. Ele é suspeito de ter determinados bloqueios em estradas visando prejudicar a locomoção de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o segundo turno da disputa presidencial.

Antes de iniciar o depoimento, a comissão aprovou uma nova leva de requerimentos, incluindo a covocação do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e do ex-diretor-adjunto da Agência Brasília de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, e do coronel Jean Lawand Júnior, que aparece em trocas de mensagens com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma trama que indica o planejamento de um golpe contra o resultado da eleição presidencial.

Vasques foi chamado à CPI para explicar bloqueios realizados no dia da eleição só cessaram quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou Silvinei a parar com a operação nas estradas, sob pena de multa e afastamento do cargo.

A base governista quer usar o depoimento de hoje para apontar relação não apenas de Silvinei com o caso, mas também do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

A própria relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), é autora de um requerimento para convocá-lo. A parlamentar, em seu plano de trabalho, apontou a necessidade traçar um roteiro cronológico para entender os ataques aos prédios dos Três Poderes que aconteceram no dia 8 de janeiro.

Para isso, a relatora citou haver necessidade de que a comissão se debruce sobre episódios anteriores aos ataques, mas que compartilham o teor golpista de não aceitação da eleição. Os bloqueios nas rodovias fazem parte desse roteiro e é apontado como o marco zero na linha de investigação da senadora.

Fonte: OGlobo

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