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Segundo suspeito de tentativa de estupro virtual é preso no Piauí

Jovem de 19 anos foi preso na manhã desta quinta (6). Na quarta-feira (5), um amigo dele foi preso pelo crime. Vítima denunciou que homens a abordaram via redes sociais na tentativa de coagi-la a manter relações sexuais.

Um jovem de 19 anos foi preso, na manhã desta quinta-feira (6), suspeito de tentativa de estupro virtual contra uma mulher de 20 anos em José de Freitas, município a 55 km de Teresina. O rapaz, de iniciais N.C.M.S., é o segundo investigado pela tentativa de abuso.

De acordo com o titular do 17º Distrito Policial, delegado André Moreno, o crime foi registrado no último 21 de junho. A vítima denunciou que os homens teriam realizado uma abordagem via redes sociais na tentativa de coagi-la a praticar atos libidinosos e manter relações sexuais. O primeiro suspeito do crime, M.S.S.M., de 24 anos, foi preso nessa quarta-feira (5), em Teresina.

“Os dois homens estariam agindo em conjunto, pressionando a vítima para a consumação do delito em questão. São amigos e teriam realizado o contato afirmando ter fotos de conteúdo pornográfico da jovem, ameaçando enviar a seus familiares e amigos. Segundo a vítima, os ‘nudes’ não seriam divulgados, caso ela consentisse em realizar chamadas de vídeo nua e encontrasse um deles para que praticassem sexo e outros atos libidinoso diversos”, afirmou o delegado.

Ainda conforme o delegado, N.C.M.S., preso nesta quinta (6), negou o crime. Já M.S.S.M. confessou e afirmou, inclusive, ter cometido outras vezes.

Os presos foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer exame de corpo e deleito e aguardam audiência de custódia.

Ao g1, o delegado André Moreno frisou que esse tipo de golpe tem crescido e alertou, caso alguém se encontre nessa situação, que denuncie imediatamente à polícia.

Estupro virtual: entenda o crime

Quando se fala em estupro, o primeiro cenário que vem à mente pode ser uma rua escura, mas, hoje, isso acontece até mesmo pela tela do computador, se trata do “estupro virtual”.

O termo ainda não está na legislação, mas a lei de estupro já abrange ameaças para a produção de imagens pornográficas.

Um dos primeiros casos de violação virtual a ser considerado como estupro foi o de Cristian Pereira, que usava o nome falso de Fred Maya. Ele foi condenado em 2014, após fazer mais de 150 vítimas.

Uma delas estava grávida e noiva na época. Os ataques fizeram o noivado acabar e ela quase perdeu o bebê. Apesar disso, a vítima conseguiu gravar o estupro e denunciar.

“Essa moça começou a sofrer essas ameaças e tinha que fazer uns telefonemas com ele on-line, se não, ele iria pegá-la, ia matar”, diz Iolanda Garay, presidente da Associação Nacional das Vítimas de Internet (Anvint) e advogada no caso. Contudo, apesar de o agressor fazer vítimas brasileiras, ele morava na Inglaterra.

“A vítima sente com a mesma intensidade [o estupro], tirando os ferimentos da violência física propriamente ditos”, explicou.

Fonte: G1 Piauí 

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