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Órgãos lançam edital de R$ 1 bilhão para sertão nordestino

Serão escolhidos até quatro projetos de segurança alimentar.

O edital Sertão Vivo lançado em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), da Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Vai beneficiar aproximadamente 250 mil famílias de produtores rurais de quatro estados do semiárido nordestino. Terão à disposição cerca de R$ 1 bilhão para desenvolvimento de projetos de segurança alimentar e de adaptação às mudanças climáticas. Até quatro projetos serão escolhidos.

O lançamento foi feito na terça-feira (18) na sede do Consórcio Nordeste. Estiveram presentes o presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e do Fida, Álvaro Lario, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, representando o Consórcio Nordeste.

O foco será a agricultores familiares, incluindo povos indígenas, dos quais 40% mulheres e 50% jovens. Terão capacitação dos sistemas de produção agrícola, conservar recursos hídricos e restaurar ecossistemas degradados.

O recursos para a iniciativa virá dos US$ 129,5 milhões (cerca de R$ 630 milhões pela cotação atual) repassados pelo Fida ao BNDES. Os estados selecionados e o BNDES acrescentarão, juntos, mais US$ 73 milhões (cerca de R$ 350,4 milhões pela cotação atual) como contrapartida, totalizando quase R$ 1,05 bilhão.

Veja aqui o edital

Caatinga

O presidente da Fida disse que o projeto é importante para preservar a caatinga. “O Fida está muito satisfeito e honrado em ter o BNDES como seu novo e grande aliado para o desenvolvimento no semiárido nordestino, principalmente em valorizar e galvanizar a atenção internacional ao bioma caatinga, único e exclusivo do Brasil. Com isso, esperamos uma maior atenção para esse importante bioma brasileiro”, disse Lario.

Mercadante disse que o programa vai estender a nível internacional a experiência brasileira no enfrentamento à pobreza e combate à fome. “O que estamos fazendo aqui é construir as bases para proteger a Terra, mas sobretudo para proteger os mais pobres do agravamento da crise climática que se avizinha. Estamos nos preparando para as adversidades e mostrando que o BNDES sabe criar, sabe inovar, sabe fazer”, afirmou.

Paulo Teixeira disse que a parceria com o Fida será aprendizado para encarar o aquecimento global. “O Consórcio Nordeste é uma experiência de trabalho muito evoluída no semiárido, na caatinga. O bioma tem suas complexidades, mas pode ensinar o Brasil e o mundo nesse momento de dificuldades climáticas, e o Fida pode ajudar a dar um salto nessa experiência para uma agricultura que, por um lado, produz alimentos saudáveis e, ao mesmo tempo, é regenerativa”, declarou.

Fátima Bezerra que é coordenadora política da Câmara Técnica da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste, disse que a parceria “lança luzes e aponta caminhos nessa nova conjuntura”. 

Fonte: Pensar Piauí 

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