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Facção proíbe profissionais de saúde de atender rivais em UBS de Teresina

O profissional de saúde não denunciou o caso à Polícia por medo de represálias. O promotor de Justiça não especificou onde ou quando aconteceu a ameaça, apenas que o caso foi relatado por profissionais de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Teresina.

O promotor de Justiça do Ministério Público do Piauí, Eny Pontes, relatou que um profissional de saúde de Teresina relatou que foi proibido, por pessoas de uma facção criminosa, de atender a membros de uma facção rival. O caso foi divulgado durante audiência sobre a insegurança em unidades de saúde da capital, realizada nesta segunda (7).

Segundo o promotor, profissional de saúde não denunciou o caso à Polícia por medo de represálias. Pontes não especificou onde ou quando aconteceu a ameaça, apenas que foi em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Teresina.

“É muito grave o que ela contou. Ela não teve segurança de fazer registro. Ela só pode atender, numa ubs, pacientes que sejam ligados à facção que domina a região”, disse o promotor Eny Pontes.

Audiência debate segurança nas unidades de saúde

Nesta sexta-feira (7) o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) realizou uma audiência pública para debater sobre a segurança na rede pública de saúde. A ação ocorre após casos como a invasão de homens encapuzados no Hospital Mariano Castelo Branco, em julho.

Segundo Eny Pontes, a audiência teve o objetivo de reunir os órgãos responsáveis pela segurança, mas os representantes das forças policiais não compareceram. O promotor destacou também que o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Ari Ricardo da Rocha, também não foi à audiência.

“A Segurança Pública teria que estar aqui nessa audiência. Não só a Polícia Civil, mas a Militar e o comandante da Guarda Municipal, para apresentar um plano de segurança para que isso não aconteça […] O presidente da Fundação [Municipal de Saúde] não veio. Temos técnicos que vieram como representantes, mas sem o poder para resolver”, disse o promotor.

O promotor afirmou que a insuficiência da ação da Polícia Militar na segurança de unidades de saúde é um dos pontos da audiência.

“Temos que intensificar a segurança das redondezas desse hospital, e agora os crimes estão acontecendo dentro das unidades de saúde. Isso é muito preocupante e causa insegurança, tanto para os pacientes como para os profissionais da saúde. Por isso, estamos acionando todos os responsáveis para essa audiência”, iniciou o promotor.

O MPPI destacou que além das denúncias gerais, está ouvindo relatos individuais de funcionários de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais.

“Há três anos nós detectamos e conseguimos que a polícia se comprometesse com a segurança desses locais, mas é insuficiente. A Polícia Militar deve promover mais diligências nesses locais, e o poder público municipal assegurar a tranquilidade das pessoas que se deslocam para as unidades de saúde”, disse Eny Pontes.

Casos de violência nas unidades de saúde

Hospital Mariano Castelo Branco — Foto: FMS

Criminosos invadem hospital e atiram em paciente:

Dois homens encapuzados invadiram o Hospital Mariano Castelo Branco, na região da Santa Maria da Codipi, Zona Norte de Teresina, renderam um maqueiro, em seguida, atiraram sete vezes contra um paciente, identificado como Diego de Sousa Franco, de 21 anos. O crime aconteceu na madrugada desta quarta-feira (26).

Motorista e enfermeira do Samu de Teresina baleados durante atendimento:

O motorista e a enfermeira de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Teresina foram baleados, na noite deste sábado (15), ao atenderem uma vítima de tiros no bairro Vamos Ver o Sol, Zona Sul da capital. O médico da equipe teve que dirigir a ambulância para que eles pudessem deixar o local e ir para o hospital.

Técnica de enfermagem agredida por acompanhante:

Um homem de 42 anos agrediu um técnica de enfermagem porque ela deu a notícia de que a paciente que ele acompanhava seria transferida para outra unidade de saúde em abril de 2023. O homem desferiu um soco contra o vidro do balcão de atendimento. Os estilhaços do vidro atingiram o rosto da técnica em alguns pontos.

Fonte: G1 Piauí 

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