Delegada nega que cachorra tenha sido morta em Teresina
O laudo toxicológico na cadela Lua, não detectou substância tóxica no animal, nem nenhum envenenamento por carbaril
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente concluiu o Inquérito nº 4691/2020 e encaminhou à Justiça no dia 07 de janeiro de 2020, que apurava suposto crime de biocídio praticado contra uma cadela na cidade de Teresina. A noticiante afirmava em boletim de ocorrência que uma vizinha havia envenenado os cães que era tutora, tendo ocorrido óbito da cadela chamada “Lua”.
De acordo com a Delegada Edenilza Viana, imediatamente, à denúncia de suposto envenenamento, o animal foi periciado no Centro de Zoonoses, sendo feito necropsia, onde houve sugestão de intoxicação exógena, apontando necessidade de exame toxicológico. Também foram realizadas buscas na casa da suposta acusada, onde foi apreendido frascos, que foram analisados para saber se eram de fato veneno e se havia correlação com a morte da cadela. Após periciados, os fracos apontaram que havia presença de material pó conhecido como carbaril.
Segundo o Instituto de Criminalística do Piauí, em parceira com o Instituto de Criminalística do Maranhão, que fez o laudo toxicológico na cadela Lua, não detectou substância tóxica (veneno) no animal, nem nenhum envenenamento por carbaril, o que descarta que a substância encontrada na casa da suposta acusada em nada teria relação com a causa da morte do animal.
De acordo com os autos do inquérito, também foi juntado laudo toxicológico particular, realizado pela tutora do animal. Ambos os laudos corroboraram para comprovação que a cadela não foi intoxicada por nenhum pesticida, apenas foi detectado elemento químico o metal chumbo.
“De acordo com o material coletado e analisado, não havia no organismo do animal intoxicação por carbaril ou outro pesticida”, Explica o Diretor de Polícia Técnico Científica, Dr. Nunes Nunes.
“Nós concluímos o inquérito sem indiciar a suposta autora, porque segundo as investigações, não foi provada a participação daquela na morte do animal, nem foi achado no corpo da cadela o veneno carbaril. A suposta intoxicação por chumbo, apontada em laudo particular, não tem nenhuma relação com o veneno carbaril, nem com o veneno popularmente conhecido como chumbinho: Carbaril e o veneno conhecido como chumbinho não tem o metal chumbo em suas composições.”, explica a delegada.