Justiça Federal isenta Dilma Rousseff de ‘pedaladas fiscais’
Decisão do TRF-1 põe fim ao teatro que há 7 anos tirou a 1ª presidenta da República eleita do cargo por meio de uma manobra criminosa.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) rejeitou na tarde desta segunda-feira (21) a apelação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) que pedia punições à ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) por supostamente ter cometido ‘pedaladas fiscais’ no exercício de seu mandato, exigindo contra ela uma pena por improbidade administrativa. Há sete anos, Dilma era derrubada do poder por golpe parlamentar, em conluio com o então vice-presidente, Michel Temer (MDB), que atribuiu a ela o suposto crime de responsabilidade pela prática das tais ‘pedaladas’.
Com a decisão, o TRF-1 manteve sua sentença que isentou não só a primeira mulher a ocupar a chefia do Estado no Brasil de receber qualquer tipo de punição por essas acusações, mas também antigos integrantes de seu governo, como o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho. A Corte afirmou que o MPF não explicou como teriam sido ilícitas as supostas condutas dos acusados. Em síntese, os crimes atribuídos a Dilma e seus subordinados eram uma farsa plantada para justificar a abertura de um processo de impeachment.
Globo, Folha e Estadão omitem dos leitores decisão do TRF-1 que inocenta Dilma na farsa das “pedaladas fiscais”
Os principais jornais da imprensa corporativa, Folha, Globo e Estado de S. Paulo, omitiram de seus leitores a decisão do TRF-1, que isentou a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro Guido Mantega e o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na história das chamadas “pedaladas fiscais” – a farsa usada pela imprensa para legitimar o golpe de estado de 2016, que tinha como objetivo aplicar um choque neoliberal na economia brasileira e concentrar a renda nacional em favor dos mais ricos. Com tal comportamento, o “jornalismo profissional” brasileiro segue associado à maior fake news da história recente, usada para tentar legitimar um impeachment sem crime de responsabilidade.
Com informações da Fórum e 247 / Pensar Piauí