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Lucídio Portella realiza 1ª cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea

A cirurgia foi realizada em um paciente de 15 anos de idade, diagnosticado com insuficiência na valva mitral.

No cenário médico marcado por avanços tecnológicos constantes, o Hospital Infantil Lucídio Portella (Hilp) conquistou mais um marco histórico ao realizar, nessa segunda-feira (28), a primeira cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. A realização bem-sucedida dessa técnica complexa abre portas para uma nova era de tratamento cardíaco de alta complexidade para pacientes pediátricos do Piauí.

“A circulação extracorpórea é um procedimento crítico que permite aos cirurgiões interromper temporariamente o funcionamento do coração e dos pulmões durante a cirurgia, permitindo que patologias cardíacas mais complexas sejam reparadas”, informa Sebastião Martins, cirurgião cardiovascular.

A cirurgia foi realizada em um paciente de 15 anos de idade, diagnosticado com insuficiência na valva mitral. A cirurgia exigiu um planejamento minucioso, equipamentos de última geração e uma equipe altamente coordenada. “A insuficiência na valva mitral estava comprometendo significativamente a função cardíaca do paciente, que estava em regime de internação hospitalar há mais de 45 dias, inicialmente em Parnaíba e nos últimos dias no hospital infantil. A cirurgia corretiva deverá melhorar significativamente a condição clínica do paciente”, explica o cirurgião.

Ribamar Bandeira, diretor-geral do Hilp, disse que a cirurgia foi mais complexa do que as demais cirurgias cardíacas já realizadas no hospital.  “O uso da circulação extracorpórea em pacientes pediátricos é particularmente desafiador, pois os órgãos e estruturas são menores e mais delicados. O paciente está evoluindo bem e estamos muito orgulhosos de termos conseguido mais este avanço para o Hospital Infantil Lucídio Portella e para a saúde cardíaca infantil em nosso estado”, declarou o gestor.

Para o superintendente de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo, o sucesso dessa cirurgia representa um marco importante não apenas para o Hospital Infantil, mas também para a medicina piauiense como um todo. “Pois abre caminho para uma gama mais ampla de procedimentos cardíacos complexos e públicos” , afirma o gestor.

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