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Grupo de estelionatários é preso por aplicar golpes em desempregados no Piauí

Segundo as investigações, grupo oferecia falsa promessa de emprego para conseguir dados das vítimas.

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) prendeu um grupo criminoso especializado em aplicar golpes em pessoas que estavam desempregadas. À TV Antena 10, o delegado Humberto Mácola explica que os golpistas se passavam por funcionários da Agespisa e ofereciam vagas de emprego. A vítima passava os dados e meses depois era surpreendida com uma dívida de compra de veículos. Ao todo quatro pessoas foram presas, sendo três empresários. O quinto envolvido está foragido. 

“Eles pegavam toda a documentação das vítimas, faziam a biometria facial dizendo que seria para confecção de um crachá e a vítima era surpreendida 3, 4 meses depois com a cobrança do banco de um financiamento feito para veículos, para carros. A vítima se questionava como se estava desempregado. Iniciamos a investigação, identificamos os autores e o inquérito já foi remetido à Justiça. Eram três empresários, com CNPJ ligados a empresas e cada um com sua função bem definida, desde o recrutador, o que se passava pelo engenheiro, o empresário, aquele que fazia a comunicação com os bancos, as financiadoras. Então era um esquema muito bem organizado que deixou muita gente prejudicada financeiramente, além das empresas financiadoras que estavam achando que financiavam para pessoas que tinham ciência do financiamento e não sabiam”, explica o delegado. 

O grupo possuía uma estratégia onde se passavam por engenheiros, vinculavam o nome a Agespisa com intuito de conquistar credibilidade e faziam abordagem em locais seguros. Durante a prisão dos cinco envolvidos, a polícia apreendeu veículos. Ao todo já foram identificados 20 vítimas, porém a polícia acredita que esse número possa ser ampliado. 

“Eles faziam o que a gente chama de carro picanha. Enquanto outras pessoas pagavam, tinham o nome sujo, eles pegavam os veículos e repassavam para terceiras. Eles estão sendo chamados e estão sendo chamados também pessoas que aceitavam comprar um veículo sem saber a procedência, sem saber quem era aquela pessoa que estava com o nome de propriedade, que estava financiando. Algumas diziam arcar com as parcelas, mas no final não arcavam e a conta ia para vítima que inicialmente tinha sido enganada”, afirma.

A polícia encerrou o inquérito, mas as investigações continuam porque existe outro inquérito em andamento.  

Fonte: A10+ 

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