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PM preso por matar policial tem prisão convertida em temporária

A prisão temporária tem prazo de cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

O policial militar Valério de Sousa Caldas Neto, preso por matar o policial civil Alexsandro Cavalcante Ferreira, de 45 anos, teve a prisão em flagrante convertida em temporária.

Na decisão, de quinta-feira (14), o juiz João Manoel de Moura Ayres, da Central de Audiência de Custódia de Parnaíba, afirmou que manter o suspeito preso seria “imprescindível para a investigação”.

Durante a audiência de custódia, o Ministério Público pediu ao juiz que a prisão preventiva fosse decretada e a defesa solicitou liberdade provisória.

Na argumentação, o juiz afirmou que a prisão temporária é uma medida cautelar para assegurar a investigação criminal, citando o código penal: “Caberá prisão temporária quando imprescindível para as investigações do inquérito policial”.

“A imprescindibilidade da cautelar para a investigação é evidenciada pela circunstância de que a liberdade do investigado pode inviabilizar de maneira concreta a persecução penal”, afirmou o juiz na decisão.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

PM disse que vítima apontou arma

Na quarta, o policial prestou depoimento na Delegacia de Combate a Homicídios, Tráfico de Drogas e Latrocínio (DHTL) de Parnaíba, Litoral do Piauí. Ele alegou que a vítima estava andando em atitude suspeita e teria apontando uma arma durante abordagem, por este motivo atirou duas vezes.

Em depoimento, o policial militar afirmou que durante a madrugada dessa segunda-feira (12) avistou Alexsandro andando sozinho na rua com um capuz e achou sua atividade suspeita e resolveu seguir o rapaz.

O suspeito então afirmou que encontrou o policial civil em uma rua, quando ele teria andado em sua direção e puxado uma arma. Em reação, o PM disse que atirou duas vezes contra Alexsandro.

O policial militar relatou também que não conhecia a vítima e nem sabia que ele era policial civil. Após os disparos, o suspeito contou ter pego a arma de Alexsandro e resolveu voltar para casa e ligar para seu supervisor.

Alexsandro foi encontrado morto na rua de sua casa, no residencial Caminhos da Alvorada. Alex, como era conhecido, estava lotado na Delegacia da Mulher (Deam) de Parnaíba. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Fonte: G1 Piauí 

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